A disputa velada pelo protagonismo na vacinação em São Luís jogou para escanteio o lado bom desta queda de braço. A Prefeitura de São Luís e o Governo do Estado decidiram agora ir para o confronto. E o motivo é a vacinação dos professores da rede privada de ensino.
A Prefeitura, que se apressou e iniciou a vacinação de educadores um dia antes da Secretaria Estadual de Saúde (SES), acabou por vacinar exclusivamente o pessoal da rede municipal de ensino. O critério gerou críticas e a resposta da gestão foi a de que o sindicato dos professores não enviou uma lista com os nomes dos profissionais da educação.
E com o momento de crítica, a Prefeitura fez com que a gestão estadual aproveitasse a situação. O secretário de Educação, Felipe Camarão, usou as redes sociais para anunciar que o governo estadual vai começar a vacinar os professores da rede privada. E mais: fará por orientação do
governador Flávio Dino (PCdoB).
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) decidiu responder em nota alegando que ainda não vacinou os educadores da rede privada porque a lista com nomes dos profissionais nunca chegou e assim que chegar, e o governo estadual repassar as doses das vacinas, eles serão vacinados. Claro que o Governo do Estado somente pode repassar doses das vacinas quando estas forem enviadas pelo governo federal, logo não depende da gestão estadual.
A briga vem ficando mais evidente a cada dia. Que não siga caminhos como o que ocorreu em relação à pandemia com as instâncias dos três poderes se confrontando e atrapalhando no combate à Covid-19.
Responsabilidades
Vale lembrar que a vacinação de educadores da rede municipal e da rede privada de ensino é de responsabilidade da Prefeitura de São Luís e da de Imperatriz.
O Governo do Estado tem a responsabilidade de vacinar os profissionais da educação das redes estadual e federal.
Devido à disputa com a Prefeitura da capital, a SES decidiu assumir a vacinação de responsabilidade da Prefeitura. Sobre esta vacinação, o martelo ainda não está batido. É preciso ser aprovada na reunião da comissão de intergestores bipartite, que ocorre hoje.
Críticas
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou ontem no programa Ponto Final da rádio Mirante AM.
A entrevista pode ser resumida às críticas que o ex-ministro fez ao seu ex-chefe, o presidente Jair Bolsonaro.
Mandetta lembrou que a postura do presidente levou muitas pessoas a se descuidarem na pandemia, e o governo errou ao não comprar vacinas.
Aulas presenciais
Na Câmara dos Deputados foi votada proposta para permitir aulas presenciais em escolas mesmo com a pandemia.
Da bancada do Maranhão, sete parlamentares votaram a favor e outros seis, contra. Entre os que querem aulas presenciais estão João Marcelo (MDB), Josivaldo JP (Podemos) e Pastor Gil (PL).
Dos que foram contra a proposta estão Bira do Pindaré (PSB), Gil Cutrim (Republicanos) e Hildo Rocha (MDB).
Carteira de vacinação
O deputado estadual César Pires (PV) quer tornar obrigatória a apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 para ingressar em locais que prestam serviços públicos à coletividade.
A iniciativa reforça a necessidade de imunizar pelo menos 70% da população, ao mesmo tempo em que visa preservar a saúde das pessoas que trabalham ou utilizam serviços públicos.
A obrigatoriedade será aplicada para dar acesso a instituições de ensino, no embarque em aeronaves, embarcações, ônibus e para obtenção de documentos públicos, inscrição em concursos e posse em cargos públicos.
Discurso
O governador Flávio Dino fez críticas ao discurso do presidente Jair Bolsonaro na reunião da Cúpula de Líderes sobre o Clima.
Segundo Dino, os dados apresentados pelo presidente não correspondem à realidade ambiental brasileira.
Com vontade de criticar, o governador até usou a ausência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na hora do discurso de Bolsonaro para passar a ideia de que o presidente brasileiro não tem prestígio.
DE OLHO
7 mil MORTOS têm o Maranhão em decorrência da Covid-19 depois de um ano de pandemia.
Meio ambiente
Ainda sobre o meio ambiente, Flávio Dino conseguiu entrar na agenda no dia do encontro da Cúpula de Líderes.
Como presidente do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, o comunista assinou uma carta – com outros seis governadores – defendendo o Plano e Recuperação Verde da Amazônia Legal (PRV).
Com esta carta, Dino acabou sendo chamado para várias entrevistas em veículos nacionais, deixando-o à vontade para criticar a política ambiental do governo Bolsonaro.
E MAIS
• O deputado federal, Gil Cutrim (Republicanos), será o relator da proposta de privatização dos Correios que tramita na Câmara dos Deputados.
• O Prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos) anunciou a antecipação do pagamento da primeira parcela do 13º dos servidores públicos
municipais.
• A data para cair na conta dos funcionários da Prefeitura é dia 15 de maio. Geralmente, este 13º é pago em junho pelo serviço público.
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