Editorial

Profissionais da educação vacinados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Desde ontem os profissionais da educação começaram a ser vacinados, após serem incluídos pelo governo estadual como mais um grupo prioritário de vacinação. Ontem, em São Luís, a vacinação ocorreu para profissionais na faixa etária de 55 anos de idade ou mais e com atuação na rede municipal de educação básica de São Luís.

A campanha contemplará profissionais das redes federal, estadual, municipal e particular; professores e outras categorias de profissionais em atividade, a imunização deve ocorrer de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Saúde em consonância com as administrações municipais.

O anúncio da inclusão de profissionais de educação como grupo prioritário repercutiu positivamente na opinião pública. Desde o início da pandemia, no ano passado, falando apenas da rotina de professores mudou e foi desafiada diante da pandemia. Os educadores têm se desdobrados em todo o país para conseguir trabalhar.

O ensino remoto, embora já seja utilizado em alguns cursos de graduação e especialização, requer planejamento, o que não foi possível diante da falta de tempo para uma adaptação e esse desafio foi ainda maior para educadores do ensino básico e médio, principalmente, foi um grande desafio.

A sala de casa tornou-se uma sala de aula, tanto professores quanto alunos tiveram que se adaptar a uma nova realidade, na qual, desigualdades sociais também foram acentuadas, pois, muitos alunos sequer tem acesso a um sinal de internet de qualidade para assistirem as aulas. Muitos nem mesmo tem um computador em casa, ou, mesmo que tenha, é compartilhado com outras pessoas da casa, o que dificulta uma atenção plena ou mesmo a disponibilidade do horário do computador no momento das aulas.

Criatividade e empenho dos professores foi necessária para que os alunos continuassem a prestar atenção. Adaptar-se a novas tecnologias, gravar vídeos, tentar dialogar com os alunos ainda que a distância virou uma rotina. Muitos professores, que, sequer tinham habilidades para gravar vídeos, precisaram aprender de uma hora para outra, para continuar fazendo seus trabalhos.

Os desafios não podem ser classificados como heroísmo. Professores são humanos e essa adaptação foi exaustiva. Pesquisas publicadas em 2020, indicavam um alerta para a saúde mental desses profissionais. Um estudo da Nova Escola, divulgada em agosto do ano passado, revelou que 72% dos professores sentiram sua saúde mental ser afetada em algum grau.

Em estudo da International School, com o apoio do Educational Development Centre, 91,7% dos professores dizem ter procurado auxílio psicológico para conseguir lidar melhor com a nova rotina.
Esses dados referem-se apenas aos professores, mas a educação é composta de uma equipe de técnicos, serviços gerais, administrativos. Muitos que atuam em escolas particulares, ainda conviveram com o medo de perder seus empregos durante o período em que as escolas estiveram fechadas.

Incluir profissionais de educação como grupo prioritário da vacinação é fundamental, um reconhecimento para um trabalho essencial para uma sociedade que anseia por desenvolvimento tanto nos aspectos econômicos quanto nos que revelam cidadãos mais valorosos para o futuro.

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