Estado Maior

Freio de arrumação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Foi convocada pelo próprio governador Flávio Dino (PCdoB) a reunião realizada na quinta-feira, 15, no Palácio dos Leões, entre ele, o vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), e o senador Weverton Rocha (PDT).

O comunista anda incomodado com a antecipação do debate eleitoral pelos aliados – ambos pré-candidatos ao Governo do Maranhão, em 2022.

Como ele mesmo tem tomado a frente das ações de combate à pandemia no estado, avaliou que não é interessante a sua gestão que dois dos seus principais aliados estejam tão desfocados do assunto, enquanto articulam-se para uma disputa política.

Do encontro, então, Dino conseguiu um acordo com Brandão e Rocha: ambos devem tirar o pé do acelerador, e esperar o fluxo natural das
coisas, com definição de uma candidatura apenas após a realização e análise de pesquisas, qualitativas e quantitativas.

Mas, isso apenas a partir do segundo semestre deste ano. Por ora, o foco, do governo e dos aliados deve ser a superação da crise econômica decorrente da crise sanitária.

Todos, aparentemente, concordaram. Foi uma espécie de freio de arrumação.

Agenda
O vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), tem adotado uma postura um tanto discreta quando o assunto é sua articulação política para 2022.

Publicamente, tem dito que seu foco são agendas institucionais, e de combate à segunda onda da pandemia da Covid-19 no estado. Nos bastidores, contudo, tem mantido atribulada agenda política, em busca de apoios.

Prefeitos
Já Weverton Rocha (PDT) tem apostado na força que angariou com prefeitos desde as eleições de 2018, quando conseguiu sua vaga no Senado.

Nesse aspecto específico, tem contado com a boa interlocução do presidente da Famem, Erlanio Xavier (PDT) - que foi articulador da sua campanha naquela ocasião.

Rocha acredita que a reedição dessa parceria pode voltar a render frutos.

Respiradores
A Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC) foi aceita como amicus curiae no procedimento que tramita no TCE-MA a respeito da malsucedida compra de respiradores pelo Maranhão, via Consórcio Nordeste.

A entidade decidiu entrar na causa depois de o Governo do Maranhão arguir a suspeição da auditora Aline Vieira Garreto, que apontou problemas na compra.

O caso está sob relatoria do conselheiro Antônio Blecaute.

Mais alta
O governador Flávio Dino (PCdoB) revelou na sexta-feira, 16, durante pronunciamento sobre medidas de combate à Covid-19 no Maranhão, que a taxa de transmissão do vírus (Rt) aumentou em uma semana no estado.

De acordo com o comunista, a taxa era de 0,98 na semana passada, e passou a 0,99 nesta.

Apesar disso, o número ainda pode ser considerado relativamente satisfatório, pois segue abaixo de 1, o que indica tendência de desaceleração
do contágio.

Aliado
O senador Roberto Rocha (sem partido), aparentemente, conseguiu emplacar um aliado na direção do Viva/Procon de Balsas. Assumiu o posto, agora em abril, Deusval Trajano.

Ele foi chefe de gabinete da Prefeitura Municipal na gestão de Rochinha, irmão do senador - e mais recentemente esteve à frente da unidade da Agerp na cidade.

No Viva/Procon, Trajano substitui Thyago Nogueira, que, curiosamente, era indicado do vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), e do deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos).

DE OLHO

154.600 doses de imunizantes - sendo 62.600 de CoronaVac e 92 mil de AstraZeneca - chegaram ao Maranhão na sexta-feira, 16.

Serial killer?
O governador Flávio Dino (PCdoB) subiu, mais do que o normal, o tom contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em entrevista na quinta-feira, 15.

Ao falar sobre atuação do chefe do Executivo federal na pandemia, o comunista disse que se trata de um “serial killer”.

- Coação no Judiciário, no Legislativo. Ameaças aos governadores com violação do princípio federativo. É um serial killer. Ele pega os tipos penais da Lei 1.079 e percorre com maestria -, disse.

E MAIS

• 20 de abril é a data a partir da qual profissionais de educação do Maranhão devem começar a ser vacinados contra a Covid-19.

• Wellington do Curso (PSDB) cobrou da CPI dos Combustíveis transparência dos dados que apontam que 73% dos postos do Maranhão teriam
reajustado preços acima dos anunciados pela Petrobras em 2021.

• Advogado Alex Ferreira Borralho acionou o Ministério Público do Maranhão para que investigue suposto aumento abusivo no preço dos combustíveis
por postos no estado.

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