Pressão

Barroso diz que consultou ministros sobre CPI contra Bolsonaro

Presidente afirmou que ministro do STF agiu com ''imprópria militância política'' ao mandar Senado instalar CPI da Pandemia. Barroso tomou decisão ao julgar pedido de parlamentares

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
(Barroso)

BRASÍLIA - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na última sexta-feira (9) que cumpre o que é previsto na Constituição e desempenha o papel de magistrado com "seriedade, educação e serenidade".

Barroso deu a declaração no início da tarde depois de ter sido criticado durante a manhã pelo presidente Jair Bolsonaro por ter determinado ao Senado a instalação de comissão parlamentar de inquérito (CPI) com o objetivo de apurar omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

O ministro tomou a decisão ao julgar pedido levado ao Supremo por dois senadores. Ele afirmou que, antes de decidir, consultou todos os demais ministros do STF.

Por meio de uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em referência a Barroso, que "falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política".

"Na minha decisão, limitei-me a aplicar o que está previsto na Constituição, na linha de pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, e após consultar todos os ministros. Cumpro a Constituição e desempenho o meu papel com seriedade, educação e serenidade. Não penso em mudar", afirmou o ministro depois de aula na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), onde é professor.

Pela manhã, após a declaração de Bolsonaro, o Supremo divulgou nota na qual afirmou que os ministros do tribunal "tomam decisões conforme a Constituição e as leis".

A nota diz ainda que, "dentro do estado democrático de direito, questionamentos a elas (decisões) devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país".

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