Editorial

Não é só a covid

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16

Milhares de pessoas têm sucumbido, no Brasil, vítimas da Covid-19, um vírus mortal que não escolhe sexo, idade ou conta bancária. O isolamento social e rígidos cuidados sanitários são as melhores medidas para evitar o contágio. No Maranhão, não é diferente, mais de 5 mil pessoas já foram vitimadas pela doença, deixando famílias incompletas e desesperadas.

Mas, mesmo em tempo sombrios de covid, não é somente com ela que se deve preocupar, pois há outras doenças tão perigosas quanto e letais. A dengue também pode levar ao óbito e tem confundido muitos pacientes nas últimas semanas, com sintomas semelhantes a uma gripe forte, nos primeiros dias, igualmente a covid.

Trata-se de uma doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a zika, a febre chikungunya, doenças que não devem ser subestimadas, pois podem ser fatais também. Somente em 2019, foram registrados 2,5 mil casos dessas doenças no estado, mas as constantes campanhas educativas para combater a doença tiveram resultado positivo.

Em 2020, em São Luís, houve queda de 63% nas ocorrências de zika (de 176 para 64 casos notificados) e de 74% nos casos de febre chikungunya (de 187 para 49 casos confirmados). Em 2020, foram registrados dois óbitos relativos às arboviroses, sendo um por dengue e outro por chikungunya.

Por causa da pandemia de covid, que assola o país desde o fim de março do ano passado, os agentes de controle de endemias modificaram suas metodologias de trabalho nas visitas domiciliares nos distritos de São Luís. Inicialmente, no auge da pandemia, as visitas tiveram de ser suspensas e depois, além de uso de máscaras e luvas, os profissionais foram orientados quanto ao uso de álcool gel e, quando possível, manter distância física e segura dos moradores dos domicílios visitados, conforme as normas sanitárias vigentes.

Mesmo com redução de casos no ano passado, nunca é demais lembrar que com o período chuvoso o perigo dessas doenças é muito maior, porque o Aedes aegypti se reproduz em água parada, principalmente água limpa, que facilmente se acumula por causa das constantes chuvas. Então, evitar água parada é essencial para coibir a reprodução do mosquito e a proliferação das doenças.

Não deixe garrafas vazias expostas na chuva e, se precisar deixar, vire-as com o gargalo para baixo. Vasos e depósitos vazios também devem ficar virados, de maneira a não acumular água. O lixo deve ser bem acondicionado e deixado na porta da casa nos dias de coleta e não descartados em locais de acúmulo, onde também podem servir de base para água empossada e viveiro de mosquitos, além de outros insetos e animais peçonhentos.

Pneus velhos devem ser entregues em ecopontos, para descarte correto. Piscinas, sem uso, e caixas d’água, cisternas, e outros tipos de reservatórios, devem ser cobertos. Calhas devem ser mantidas limpas, assim como marquises e rebaixos de banheiros, não permitindo o acúmulo de água. É importante jogar desinfetante em ralos externos e internos que têm pouco uso.

Os cuidados devem ser diários e a população deve ficar atenta para impedir que sejam criados focos do mosquito em suas casas. Todo cuidado é pouco. No jardim, no quintal, dentro ou fora de casa, qualquer detalhe é importante para manter a saúde.

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