Mudanças

Governo Bolsonaro faz seis mudanças no primeiro escalão

Três ministros deixaram a gestão de Jair Bolsonaro: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), José Levi (AGU) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Até o fim de semana, a única saída dada como certa do governo era do então ministro de Ernesto Araújo
Até o fim de semana, a única saída dada como certa do governo era do então ministro de Ernesto Araújo (Ministro Ernesto Araújo)

BRASÍLIA

O presidente Jair Bolsonaro realizou ontem uma reforma ministerial com seis trocas no primeiro escalão do governo. As trocas foram anunciadas pelo Palácio do Planalto.

As mudanças surpreenderam porque, até o fim de semana, a única troca tida como provável nesta semana era a do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Criticado por sua atuação durante a pandemia, o chanceler teve a demissão pedida por deputados e senadores e, no domingo, 28, sacramentou sua saída após um atrito com a senadora Kátia Abreu (PP-TO).

Bolsonaro aproveitou a saída de Araújo para realizar uma reforma maior em sua equipe ministerial. O governo atualmente tem 22 ministérios – a independência do Banco Central aprovada pelo Congresso fez com que a instituição deixasse de ser contabilizada nessa lista.

Saída

Além de Ernesto Araújo, pediu demissão o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi.

José Levi estava no cargo desde abril de 2020, quando foi nomeado para o lugar de André Mendonça, que na ocasião assumiu o Ministério da Justiça. Mendonça passou a comandar o MJ após a saída de Sérgio Moro.

Nos bastidores, um dos motivos para saída de Levi foi o episódio em que o presidente Jair Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas restritivas adotadas na Bahia, no Distrito Federal e no Rio Grande do Sul.

José Levi não assinou o documento. Ao analisar o caso, o ministro Marco Aurélio Mello, decano do STF, negou o pedido de Bolsonaro entendendo que não cabe ao presidente da República acionar diretamente o Supremo, o que foi considerado pelo ministro "erro grosseiro".

Com a saída de Levi, André Mendonça voltou ao cargo que ocupava antes de assumir o Ministério da Justiça.

Para a vaga de Mendonça, Bolsonaro escolheu o delegado da Polícia Federal Anderson Torres.

Também deixou o governo o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Em carta, ele tornou oficial sua exoneração da pastas.

Mais

Mudanças no governo

Casa Civil da Presidência da República: Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria de Governo;

Ministério da Justiça e Segurança Pública: delegado da Polícia Federal Anderson Torres, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;

Ministério da Defesa: general Walter Souza Braga Netto, atual chefe da Casa Civil;

Ministério das Relações Exteriores: embaixador Carlos Alberto Franco França, diplomata de carreira que estava na assessoria especial da Presidência da República;

Secretaria de Governo da Presidência da República: deputada federal Flávia Arruda (PL-DF);

Advocacia-Geral da União: André Mendonça, que já chefiou a AGU no início do governo e está atualmente no Ministério da Justiça.

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