Política

Dino comenta reforma ministerial de Bolsonaro: ''continuidade do caos''

Maranhense segue como principal crítico da gestão federal no estado

Gilberto Léda / Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Flávio Dino manteve tom crítico ao presidente
Flávio Dino manteve tom crítico ao presidente (Flávio Dino)

SÃO LUÍS - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou na segunda-feira, 29 durante participação no programa Papo Antagonista, com o jornalista Cláudio Dantas, as recentes mudanças no ministério do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em um só dia, foram trocados seis ministros, incluindo os da Defesa, da Justiça e do Itamaraty.

“Claro que é algo surpreendente, inesperado. Por outro lado, é coerente. Desde o início, desde praticamente os primeiros meses, o governo Bolsonaro é marcado por essas confusões. Então, há uma coerência nessa balbúrdia”, destacou o comunista.

Para ele, a reforma ministerial apenas reforça “a continuidade do caos”.

“Lembremos que logo no início caiu o [Gustavo] Bebiano, depois o [general] Santos Cruz, depois o Joaquim Levy, depois os vários ministros da Saúde, incontáveis vezes, depois o Sergio Moro, Baco do Brasil. Enfim, todas essas instituições de política econômica, a própria equipe do [Paulo] Guedes. Então, isso que nós estamos vendo hoje é a continuidade do caos”

Impeachment

O governador maranhense também comentou a possibilidade de um impeachment do presidente. Para ele, já existem requisitos jurídicos para o impedimento, mas faltam condições políticas.

“O impeachment é um processo político-jurídico, político-judicial, judiciário. Ele tem uma natureza mista. Juridicamente, à luz do artigo 85 da Constituição Federal e da lei 1.079/1950, todos os requisitos atinentes ao impeachment estão preenchidos já de algum tempo. Há uma miríade, um conjunto, um acervo de crimes de responsabilidade, infelizmente, lamentavelmente perpetrados pelo presidente da República. Então, ficariam carentes os aspectos políticos. Acredito que, em relação a isto, esse nível de desacerto, de equívocos, de erros que nós estamos vendo, vai ensejando que certas condições se apresentem. Acho que ainda não, não é uma coisa para já, já. Vamos ver o que Bolsonaro consegue fazer, para ver se ele estrutura minimamente o seu governo”, completou.

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