Até lá?

Maduro culpa Bolsonaro por piora da pandemia na Venezuela

Ditador venezuelano afirmou que presidente brasileiro é "ameaça para o mundo"

O Estado do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Ditador venezuelano deu declarações polêmicas em pronunciamento neste domingo.
Ditador venezuelano deu declarações polêmicas em pronunciamento neste domingo. (Maduro)

CARACAS - Em pronunciamento na TV estatal neste domingo (22) atacou o Brasil e decretou "quarentena radical" para combater a nova onda de casos do novo coronavírus no país. A já sofrida população do país vê a pandemia piorar no país. Para Maduro, a segunda onda no país está diretamente relacionada à variante brasileira da covid-19, já detectada no país.

"Estamos diante da presença de uma segunda onda, sem dúvida alguma. A partir de sexta, 16 de março, detectamos, já na Venezuela, uma segunda onda do coronavírus, que tem como causa fundamental a chegada da variante brasileira ao nosso país, sem dúvida alguma", disse Maduro, confundido a data.

Maduro aproveitou a oportunidade para criticar Jair Bolsonaro, chamando o presidente brasileiro de "irresponsável". Nas palavras do presidente venezuelano, o Brasil se tornou "a maior ameaça do mundo" em termos de saúde pública.

"É alarmante. Eu diria que está angustiante ver os relatos de São Paulo, do Rio de Janeiro e de todo o Brasil, e a atitude irresponsável da direita trumpista brasileira. A atitude irresponsável de Jair Bolsonaro com o povo do Brasil", afirmou Maduro. E completou: "o Brasil se tornou a maior ameaça do mundo em relação à pandemia do novo coronavírus, assim já reconhecem os especialistas de todo o mundo. O Brasil é uma ameaça para o mundo hoje. Por culpa de quem? De Jair Bolsonaro. Que em meio ao colapso, em vez de pedir ajuda aos distintos setores - científicos, médicos, políticos - o que faz é confrontar para que o povo não faça quarentena, para que o povo não use máscara. Uma loucura, de verdade. Algo que não tem nome."

Recomendações polêmicas

Apesar das críticas a Jair Bolsonaro, Nicolás Maduro e o presidente brasileiro já estiveram alinhados sobre a resposta a ser dada à pandemia. Em maio do ano passado, Maduro defendeu publicamente o uso de cloroquina - medicamento sem eficácia comprovada para a doença, também defendida por Bolsonaro - para pacientes com covid-19. Antes, em outra recomendação polêmica, o presidente da Venezuela incentivou o consumo de uma mistura de ervas com mel e limão como forma de combater uma eventual infecção de covid-19.

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