Segunda onda

"Provavelmente, o número de leitos não será suficiente", diz epidemiologista

Previsão é do epidemiologista Antônio Moura da Silva, professor do Departamento de Saúde Pública e do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (UFMA); Antônio acredita que o Maranhão ainda não chegou no pico da segunda onda da Covid-19

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Em Imperatriz, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 100%
Em Imperatriz, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 100% (leito)

São Luís – Em pronunciamento do médico epidemiologista, Antônio Moura da Silva, nesta quinta-feira, 18, o especialista afirmou que é provável a falta de leitos clínicos e de UTI para novos pacientes com Covid-19 da Grande Ilha. “Então, vai chegar o momento em que, provavelmente, o número de leitos não será suficiente para internar todas as pessoas que vão ter a necessidade”, frisou Antônio.

No vídeo publicado em suas redes sociais, o médico ressaltou que a previsão que tinha feito inicialmente, já foi excedida. “Nós tínhamos previsto no nosso modelo inicial, que no dia 23 de março a gente teria, aproximadamente, 200 pacientes internados em UTI, ontem, dia 17 de março, nós já tínhamos 216, ou seja, a estimativa já havia suplantado o valor previsto a 10 dias do previsto”, destacou.

Óbitos

Segundo ele, ainda não é possível notar nenhuma repercussão de diminuição da doença, após, o decreto adotado pelo governo – que se iniciou em 5 de março. Também pelo fato de que, o registro de óbitos no Maranhão estaria com um atraso de 35 dias.

“O número de óbitos ainda não aparece suplantando a primeira onda e isso pode estar acontecendo, por causa do atraso de notificações de óbitos, que segundo a Fiocruz é de 35 dias no Maranhão”, disse.

Em matéria veiculada ontem, em O Estado, foi mostrado que em menos de três meses, 1.062 mortes pela Covid-19 registradas em 2021.

Previsão

Outro ponto levantando pelo epidemiologista, é que ainda não é possível prever quando será o pico da segunda onda no estado. “As previsões para os próximos 30 dias colocam a necessidade, tudo para a Grande Ilha, em 300 leitos de UTI e entre 950 e 1350 leitos clínicos.

“O número de leitos na Grande Ilha foi aumentado e mesmo assim, rapidamente, os casos chegam e, praticamente, enchem os novos leitos que estão sendo abertos”

Colapso em Imperatriz

No boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES), de ontem, 18, foi verificado que Imperatriz está com 100% de ocupação dos leitos de UTI.

E a taxa de leitos clínicos está em mais de 97%, são apenas cinco leitos livres na cidade.

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