SÃO LUÍS - Um ano depois do início da pandemia do coronavírus no Brasil o país vive o seu momento mais delicado. Não é à toa que alguns estados estão entrando em lockdown. Como o futebol não é considerado uma atividade essencial, campeonatos estaduais estão sendo paralisados após decretos dos governadores. No Maranhão, o Estadual ainda não corre risco de ser suspenso, pois o governador do Estado, Flávio Dino, decretou medidas para conter a Covid-19, porém, não incluiu o futebol.
As medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19 no Maranhão foram prorrogadas até o dia 21 de março. Seguem suspensos no estado o atendimento presencial em órgãos públicos e aulas presenciais. O comércio continua com restrição e as igrejas só podem funcionar com o limite de 30% da capacidade. Na semana passada, o governador prorrogou a suspensão do funcionamento de bares e restaurantes, entre os dias 15 e 21 de março, nos quatro municípios da ilha de São Luís.
O presidente do Sampaio Corrêa, Sérgio Frota, disse ser contra a paralisação do futebol. “Sou contra para o futebol. Acredito que seguindo as medidas sanitárias é possível manter as competições”, disse.
A Federação Maranhense de Futebol (FMF) segue mantendo os jogos do Campeonato Estadual, porém, suspendeu a presença da imprensa em todas as partidas da competição
Estaduais afetados
Enquanto a Federação Paulista de Futebol (FPF) se organizava nos bastidores para transferir as partidas do Campeonato Paulista para outro estado, pelo Brasil afora a suspensão de torneios regionais por causa pandemia da covid-19 já afeta oito competições. Sete disputas estão paralisadas totalmente e uma de maneira parcial.
A paralisação total afeta, além de São Paulo, seis outros Estaduais: Acre, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás e Tocantins. Por outro lado, desde a semana passada duas competições foram retomadas. Santa Catarina já retomou o torneio e Rondônia recebeu a liberação do governo estadual para movimentar seu campeonato no próximo fim de semana.
No Paraná a suspensão só não é completa por causa das prefeituras de algumas cidades do interior. Em Curitiba está proibida a realização de jogos e treinos, mas algumas cidades autorizam as atividades.
Londrina, por exemplo, está impossibilitado de jogar na própria sede e transferiu nesta quarta o jogo contra o Azuriz para o município vizinho de Arapongas. Até agora, o Estadual realizou somente sete partidas e duas equipes ainda não conseguiram estrear por causa das repetidas suspensões de jogos
O Distrito Federal manteve o campeonato até o limite com a mesma tática pretendida por São Paulo: fazer partidas em outros Estados. O "Candangão" não podia realizar jogos em Brasília por causa de um decreto do governo local e passou a mandar partidas para cidades próximas em Minas Gerais e Goiás.
No entanto, o torneio ficou inviável depois de o governo goiano proibir a realização de atividades esportivas. Para completar, em Minas Gerais a decisão foi de vetar apenas partidas entre times de outros Estados. Essa mesma restrição, aliás, foi a responsável por suspender o encontro válido pelo Paulistão entre São Bento e Palmeiras, previsto para ser disputado nesta quarta
Em entrevista ao canal SporTV, o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, afirmou que a entidade tem trabalhado para arrumar um destino para as partidas do Estadual agendadas até 30 de março, data em que termina a fase emergencial em São Paulo.
“Estamos estudando com cautela a alternativa de jogar em outros Estados. Só após estar ajustado com prefeitos e governadores é que daremos esse passo", disse Bastos. O dirigente afirmou que vai insistir bastante para retomar o Estadual. "O futebol procurou o governo e o Ministério Público várias vezes. Esgotamos qualquer forma de diálogo. A Justiça é a última opção, só quando não houver mais caminho”.
A lista deve aumentar nos próximos dias, já que muitos estados estão avaliando decretar o lockdown.
Estaduais parados
Candango - Até o dia 22 de março
Capixaba - Até o dia 1º de abril
Catarinense - Até o dia 19 de março
Cearense - Até o dia 21 de março
Goiano - Até o dia 1º de abril
Paraense - Indefinido
Paulista - Até o dia 31 de março
Tocantinense - Até o dia 30 de março
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