Discurso

Lula: ''vítima da maior mentira jurídica em 500 anos de História''

Em discurso ontem, ex-presidente criticou Jair Bolsonaro, a quem chamou de ''fanfarrão'', e defendeu a vacinação; na segunda-feira (8), STF Edson Fachin havia anulado condenações do petista na Lava Jato

Agência Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
(Lula)

SÃO PAULO - "Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de História", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (10), dois dias depois de o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter anulado as condenações do petista na Lava Jato por entender que a 13ª Vara de Curitiba não tinha competência para analisar os casos.

Em discurso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, seu berço político, o petista afirmou que "não sabe qual atitude, mas alguma atitude temos que tomar" para a destituição de Jair Bolsonaro. Ele disse que se considera "radical", mas só porque gosta de "ir à raiz dos problemas do País". No discurso, o ex-presidente diz que governo deve existir para encontrar solução para as pessoas em crise durante a pandemia da covid-19

Para Lula, o Brasil precisa obrigar o governo a "comprar vacina, pagar auxílio emergencial e fazer investimentos". Segundo o ex-presidente, o País não pode mais permitir que o presidente Jair Bolsonaro "continue governando".

Ao chamar a população para "lutar" contra o governo, pediu desculpas pelo longo discurso e afirmou que "faz cinco anos que não falo". No entanto, apesar da rejeição que aponta ter passado durante esse tempo, o petista considerou que "a Lava Jato desapareceu da minha vida; estou satisfeito com reconhecimento da minha inocência".

Agradecimento - Lula agradeceu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin pela decisão que o tornou elegível, e disse que a "verdade" foi dita. "Tivemos 100% de êxito na decisão do Fachin; tinha 4 processos, de repente desapareceram". Segundo Lula, ele irá continuar a dar declarações e quer "conversar com classe política e com empresários".

O ex-presidente também afirmou que Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, estão "vendendo" o Brasil para o exterior. "Não é possível que preço do combustível siga cotação internacional se nós produzimos petróleo aqui", afirmou na entrevista.

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