Novos rumos

Futuro político de Dino passa por candidatura ao Senado Federal

Em entrevista, governador do Maranhão falou sobre o que pensa de uma eventual candidatura de Lula, após o mesmo ter recuperado os seus direitos políticos

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
(Flávio Dino)

O futuro político do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) passa por uma candidatura em 2022 ao Senado Federal. O próprio gestor maranhense admitiu o fato em entrevista à Rádio Bandeirantes ontem (9) e a vontade dinista foi confirmada por O Estado com interlocutores.

Segundo fontes no Palácio, a iniciativa de Dino para ingressar em uma candidatura a uma vaga no Congresso passa por dois fatores: manter a base de apoio local e viabilizar o seu sucessor e, ao mesmo tempo, abrir espaço para uma candidatura do ex-presidente Lula, cujos direitos políticos foram retomados em decisão monocrática do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda na entrevista, Flávio Dino disse que uma hipótese para se manter na corrida ao Planalto seria entrar em uma eventual chapa como vice, com Lula como protagonista. “Acho que Lula vai unir a maior parte [da esquerda]. Há quem não goste, o que é normal. Eu próprio o considero um excelente candidato que tem muito a dizer para o Brasil. Vejo com muita simpatia e acho que ele tem, sim, capacidade agregadora”, afirmou.

Apesar de considerar esta hipótese vista por aliados como pouco provável, Dino considerou a possibilidade de candidatura ao Senado. “Eu já havia afirmado antes que seria, e provavelmente serei, candidato ao Senado”, afirmou Dino.

Mesmo com chances reais de eleição ao Senado, a candidatura à Casa é vista como uma espécie de “prêmio de consolação”, já que Flávio Dino jamais escondeu sua vontade particular de, com o apoio de Lula, ser lançado como o “antibolsonarismo” no ano que vem, em uma chapa que uniria todos os campos de esquerda.

O próprio Flávio Dino deu várias demonstrações desta vontade, ao admitir o fato em evento próprio do PCdoB e de flertar, no ano passado, com o PSB. O fim das pretensões de Dino à presidência ocorreu no ano passado, quando Lula disse que “jamais convidaria um membro do PCdoB para o PT”.

Daqui em diante, a fala de Dino deve se pautar no confronto em pautas comuns com o Governo Federal, seja com vacinas ou em outros assuntos. “Mas precisamos deixar 2022 para 2022. Temos agora uma crise econômica. Tenho uma posição crítica em relação ao presidente Jair Bolsonaro, mas vamos cuidar dos problemas atuais”, afirmou Dino.

Mais

Sobre sucessor, Flávio Dino (PCdoB) teria admitido apoio ao vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) em uma reunião com membros do primeiro escalão de sua gestão. Fontes próximas dizem que a tendência de indicação ao nome de Brandão deve ficar mais forte, mesmo diante da possibilidade de ver o PDT e outras siglas deixaram a base governista.

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