Dia Internacional da Mulher

Sexo frágil? Nada disso!

Para marcar Dia Internacional da Mulher (8 de março), conheça algumas histórias do cotidiano de guerreiras

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Daniela Batista, operadora de Circuito Fechado de Televisão
Daniela Batista, operadora de Circuito Fechado de Televisão

São Luís - “Dizem que a mulher é o sexo frágil. Mas que mentira absurda!”. O trecho da música “Mulher”, do cantor e compositor Erasmo Carlos, nos mostra que de sexo frágil as mulheres não têm nada. O fato é que, desde os primórdios, a mulher desempenha um papel fundamental na sociedade, não foge à luta, não se intimida diante dos obstáculos. Pelo contrário, tem a capacidade de transformar o medo em força. No palco da vida, a mulher tem uma jornada árdua e desempenha vários papéis.

A encarregada de limpeza do Rio Anil Shopping, Alice Albuquerque, de 55 anos, conhece bem esses papéis. Mãe, esposa, filha, uma guerreira que todos os dias vence o mundo para conquistar seu espaço. “Hoje eu sou feliz e realizada, mas nem sempre foi assim. Na minha época, a mulher nascia para cuidar da casa e ter filhos. Eu nunca aceitei ser só isso, queria mais, eu merecia mais. Busquei um emprego, trabalhei duro para conquistar meu espaço e hoje posso dizer: valeu à pena”, conta a encarregada de limpeza.

Mãe de três filhos, Daniela Batista, 36 anos, é mais um exemplo do valor da mulher na sociedade. “Fui mãe muito cedo e a notícia chegou no meio do meu último ano na escola. Foi difícil, precisei parar os estudos e me dedicar integralmente a minha filha. Só depois de mais de dois anos sem estudar, voltei à sala de aula para terminar os estudos. Eu sabia que não seria fácil conciliar a rotina, mas eu precisava ser forte e determinada, e consegui, finalizar os estudos, comecei a trabalhar e hoje sou mãe de três lindos filhos”.

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Mudanças
O distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19 virou de cabeça para baixo a rotina de milhões de pessoas em todo o mundo, o da auxiliar de limpeza, Dulcivane Ferreira não foi diferente. Além de todo o desafio de viver em meio à pandemia, ela ainda precisou lidar com o medo do desemprego. Logo ela, que há pouco mais de 2 anos conquistou uma vaga no mercado.

“Quando comecei a trabalhar, foi um sonho realizado. Tinha acabado de sair de um emprego e não podia ficar sem trabalhar. Mas, quando a pandemia chegou eu fiquei insegura, apreensiva, com medo de perder o emprego que tanto lutei para ter”, contou. “Sou chefe de família. Meu esposo está desempregado há quase cinco anos e sou eu quem mantenho a casa, garanto a passagem da minha filha, alimentação. Imagina, ficar desempregada? Seria desesperador”, frisa, emocionada, ao lembrar o sonho de ver a filha de 18 anos cursando uma faculdade.

Dona Dulci, como é carinhosamente chamada no local de trabalho, encontrou nos dias ociosos em casa um hobby: cultivar plantas. “Eu passava o dia pensando no trabalho, mesmo sem trabalhar. Até que um dia resolvi comprar uma planta, depois outra e outra. Quando vi, já passava o dia inteiro cuidando das plantinhas e ficava mais relaxada. Hoje não abro mão de cultivá-las", pontua.

Alice, Daniela e Dulcivane, o que essas mulheres têm em comum? O que une essas e outras milhares de mulheres é a determinação e força de acreditar - e buscar - dias melhores. Elas não esperam os bons ventos chegarem, elas arregaçam as mangas e vão para o mercado de trabalho disputar o seu espaço.

Em momentos desafiadores, onde parece que tudo acabou, elas se redescobrem como Daniela, ao se ver grávida aos 19 anos. Na hora que o sonho parece acabar, elas se reinventam, assim como a dona Dulci. As mulheres são apenas um exemplo das milhões de guerreiras espalhadas por todo o mundo.

Sexo frágil? Não mesmo!

Alice Albuquerque, encarregada de limpeza
Alice Albuquerque, encarregada de limpeza

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