SÃO LUÍS - Os estados do Nordeste, o Maranhão aí incluído, acertaram nesta semana os termos de compra de 25 milhões de doses da vacina russa Sputnik. Falta assinar o contrato com o Fundo Soberano Russo, que desenvolveu e distribui o produto.

A informação é da Folha de S. Paulo.

Essas doses seriam importadas da Rússia. Em tese, chegariam a partir de abril e seriam todas entregues até julho (um laboratório brasileiro, União Química, também vai produzir o imunizante, o que será objeto de outro contrato com os governadores).

Problema: a vacina ainda não foi aprovada pela Anvisa.

Segundo o governador Wellington Dias (PI-PT), as doses da Sputnik serão entregues para o Programa Nacional de Imunização (Dias coordena a seção de vacinação do Fórum de governadores).

Alguns governadores de fora do Nordeste, porém, pensam em usar as doses em seus próprios estados caso o governo federal não consiga cumprir seus prazos de vacinação. É o que a Folha ouviu de três governos das regiões Sul e Centro-Oeste. O Ceará estuda como proceder.

A compra, se efetivada, será realizada pelo Consórcio Nordeste, colegiado de governadores que no início da pandemia já tentou efetuar compras de respiradores do exterior e tomou calotes nas duas oportunidades.

No primeiro negócio, só o Maranhão pagou R$ 4,9 milhões, por 30 respiradores: cada um custou R$ 164.917,86. O dinheiro foi integralmente pago à HempCare Pharma, e nunca devolvido aos cofres públicos. O caso efoi levado a Superior Tribunal de Justiça (STJ). No segundo negócio, o valor subiu: cada aparelho saiu pela bagatela de R$ 218.592,00 aos cofres maranhenses – desta feita, houve devolução do recurso, mas com prejuízo de R$ 490 mil ao Maranhão.

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