Preocupação

Setor produtivo teme comprometimento da economia com possível lockdown

Para representantes de setores empresariais, medidas restritivas são essenciais, para que o estado não se veja em uma nova baixa da economia

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Comércio  fechado é a grande preocupação do setor empresarial
Comércio fechado é a grande preocupação do setor empresarial (Rua Grande)

São Luís - O governo estadual descartou o “lockdown” no Maranhão, neste momento. No entanto, estuda medidas mais restritivas, a exemplo de outras capitais do país. Para o setor produtivo, o agravamento da crise sanitária pode desacelerar a retomada da economia local, principalmente se, mais à frente, o governo mudar de ideia e decretar o fechamento geral do comércio.

Para o presidente da Associação Comercial do Maranhão (ACM), Cristiano Barroso Fernandes, os empresários avaliam com muita preocupação a possibilidade de um decreto de “lockdown” nas próximas semanas.

“No ano passado, passamos muito tempo fechados e isso refletiu no desemprego e falência de empresas. Com um novo decreto de lockdown, outras poderão fechar. Pior ainda, pois não se tem garantia do auxílio emergencial, que beneficiou milhares de brasileiros, e nem a contrapartida do Governo Federal, com relação a suspensão de contratos temporários”, frisou Cristiano Barroso Fernandes.

De acordo com o presidente da ACM, é necessária, por parte do poder público, a oferta de mais leitos de UTI e mais vacinas, além de uma fiscalização rigorosa em vias públicas e no transporte coletivo. Além disso, ele diz que os empresários precisam cumprir os protocolos com rigor.

“É necessário persistir nesse cumprimento, para garantir a segurança e saúde de todos. A população precisa ser conscientizada quanto ao uso de máscaras e aglomerações. Não se pode admitir pessoas andando sem máscaras na cidade. Vale, inclusive, abordagens e aplicação de multas”, disse.

Crescimento
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Luís, Fábio Ribeiro, a entidade vem acompanhando com grande preocupação o crescimento dos casos de Covid-19, inclusive com aumento de mortes e sobrecarga da rede de saúde pública e privada. A entidade acredita que é urgente a construção coletiva de soluções.

“Para sairmos da situação de risco na qual todo o estado se encontra é fundamental investir na ampliação e reforço da rede assistencial de saúde, com mais leitos de UTI na rede pública, maior celeridade na vacinação em massa da população e, principalmente, fiscalização rotineira e rigorosa do cumprimento dos protocolos sanitários", frisou.

De acordo com Fábio Ribeiro, desde junho do ano passado, quando as atividades econômicas foram retomadas, a CDL São Luís orienta as empresas de diferentes segmentos do varejo a seguirem rigorosamente os protocolos de saúde e segurança no combate a transmissão do novo coronavírus.

Para o presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves, o governo age certo ao ouvir as classes empresariais e outros entes para avaliar as medidas restritivas a serem adotadas e que influenciarão a atividade produtiva.

“O momento é delicado, com a expansão do novo coronavírus, que assusta a população e tem causado, infelizmente, muitas mortes. O segmento industrial vem cumprindo todos os protocolos de segurança e acionou, junto com outras entidades, o plano Avança Maranhão que levou apoio técnico e solidariedade a 4.800 empresas e mais de 150 mil trabalhadores”, destacou Edilson Baldez, acrescentando que a entidade é favorável à tomada de providências para conter a evolução da crise virótica e proteger a população, sendo importante, no entanto, preservar o emprego e a economia.

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