Lixo

Falta de saneamento na Feira do Portinho é motivo de reclamações

Instalada ao lado do Mercado do Peixe, local é motivo de reclamação pela quantidade de lixo e urubus próximo das barracas de venda de peixe; vendedores se queixam da situação

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Um mar de urubus ocupa a área ao lado da Feira do Portinho e feirantes reclamam que a sujeira que os atrai é descartada no local por terceiros
Um mar de urubus ocupa a área ao lado da Feira do Portinho e feirantes reclamam que a sujeira que os atrai é descartada no local por terceiros (urubus)

São Luís – A Quaresma, período entre o Carnaval e a Páscoa, é a época em que o consumo de peixes costuma aumentar. Contudo, próximo ao Mercado do Peixe, na Feira do Portinho, centro de São Luís, vendedores de quiosques independentes temem que as vendas sejam afetadas pela grande presença de urubus no local.

Davi da Costa, vendedor e distribuidor de peixes, conta que apesar do descarte do lixo ser adequado, o espaço ainda atrai muitos bichos, pois a caçamba também está sendo utilizada por outros estabelecimentos comerciais. “A gente faz tudo direitinho, sempre jogamos na caçamba o lixo, mas tem comércios de fora, loja de peixe também, que vem aqui descartar o lixo, gente que joga galinha e carne e isso atrai. Sem falar que quando chove piora, fica um cheiro horrível. Nenhum cliente vai querer comprar em um ambiente assim”, desabafou.

De acordo com o Comitê Gestor de Limpeza Urbana de São Luís, um contêiner é mantido no local para que feirantes e consumidores do Mercado do Peixe e da Feira do Portinho possam descartar os resíduos gerados no local, adequadamente. Contudo, a sobrecarga de resíduos, tem feito com que o único contêiner não seja suficiente e atraia bichos. No espaço, em volta da caçamba, um bando de urubus, aves que se alimentam de carne em decomposição, habitam o ambiente. Apesar da má fama, os urubus evitam a propagação de doenças e bactérias que poderiam adoecer ou matar outros animais, inclusive o homem.

“Em um dia como hoje, que o peixe que sobrou foi congelado, não teve descarte algum. Deveria estar limpo. O problema é que vem gente de outros locais para jogar o lixo aqui, sem falar que deveria ter mais contêineres. Por exemplo, o Mercado do Peixe não tem uma caçamba só dele e joga aqui, daí só a gente fica com o lixo e com a imagem feia”, relatou Nódigo Lopes, distribuidor de pescada da Feira do Portinho.

Limpeza e fiscalização
De acordo, ainda, com o Comitê Gestor de Limpeza Urbana, o recolhimento dos resíduos é feito diariamente, assim como o serviço de manutenção da limpeza, por meio da varrição e catação de resíduos descartados irregularmente no mercado e em seu entorno. Já a lavagem da feira é realizada regularmente, e tem sido intensificada como medida de prevenção a Covid-19.

Em nota enviada a O Estado, o Município pede a colaboração dos comerciantes e consumidores para que façam o descarte dos resíduos gerados no local de forma ambientalmente adequada, evitando descargas ao ar livre e nas calçadas.

No local, a Vigilância Sanitária também realiza a fiscalização, com orientação aos vendedores, autuação e notificação das irregularidades, e a retirada da venda de materiais e produtos não apropriados para o manuseio dos alimentos.

SAIBA MAIS

Reforma

Em 2019, o Mercado do Peixe passou por uma reforma interna e externa, realizada pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretária de Estado da Infraestrutura (Sinfra) em conjunto com a Secretária Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), que realizará a administração do mercado junto aos feirantes. Contudo, a Feira do Portinho não foi contemplada naquele momento pela obra.

Ainda em 2018, a Secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid) chegou, inclusive a apresentar o projeto arquitetônico do Entreposto Pesqueiro, que revitalizaria ao lado do Mercado do Peixe, no Desterro/Portinho, no Centro de São Luís.

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