Fraude

Manipulação: presidente da FMF analisa provas e fala em polícia

Após denúncia de possível manipulação de resultados no Estadual, Antônio Américo disse que, se for comprovada a fraude, quer ver envolvidos punidos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Antônio Américo, presidente da FMF, falou sobre o caso
Antônio Américo, presidente da FMF, falou sobre o caso (ANTÔNIO AMÉRICO FMF )

SÃO LUÍS - Federação Maranhense de Futebol (FMF) se posicionou sobre denúncia de suposta manipulação de resultados no Estadual. A entidade afirmou que iniciou investigação após denúncia recebida no domingo, 28 de fevereiro, disse que tem provas circunstanciais, mas não especificou quais jogos estão sob suspeita.

O presidente da FMF, Antônio Américo, disse estar surpreso com a denuncia, pois nunca soube de nenhum caso de manipulação de resultados durante sua gestão.

“Realmente é muito triste essa situação. A federação recebeu denúncias de possíveis manipulações de atletas para facilitar jogos no Campeonato Maranhense Série A 2021. É uma situação atípica. Nunca tinha acontecido, que tenha chegado ao nosso conhecimento”, disse.

O dirigente disse ainda que tem em mão provas circunstanciais e que dará inicio imediatamento a uma investigação.
“Recebemos algumas provas circunstanciais, nada que se possa ter uma conclusão ainda. São áudios e prints de conversas nesse sentido. Desta forma, ficamos preocupados com está situação e abrimos procedimento administrativo, que terá inicio a partir de amanhã, 2, (hoje), com a oitiva de várias pessoas para que se possa chegar a algum elemento de prova mínima que seja”, comentou.

Antônio Américo disse ainda estar muito preocupado com toda a situação, que em sua opinião é caso de polícia.
“Obviamente é uma situação que nos preocupa e tomaremos algumas providências depois da conclusão desse procedimento administrativo, como encaminhar ao Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), Justiça, Secretária de Segurança e Tribunal de Justiça Desportiva. E no meu entendimento, se houver comprovação, essas pessoas devem serem banidas do futebol, porque é inadmissível que coisas como essas ainda aconteçam no futebol”, declarou, e ainda completou o dirigente.

“O nosso futebol, que lutamos para manter no cenário nacional. Temos aí belíssimas campanhas dos nossos clubes. Em hipótese alguma aceitaremos que isso ocorra. Tomaremos os procedimentos e serão punidos todos aquele que comprovarmos que cometeram algum deslize ético e moral”, avaliou

Apostas online

Quase sempre, a manipulação de resultados esportivos está ligadas à casas de apostas, e no dia 12 dezembro de 2018, foi sancionada pela Presidência da República a lei 13.756/18, que dispõe a respeito da regularização das apostas esportivas no território nacional.

Até a publicação dessa lei, vigorava no âmbito esportivo de apostas o decreto 3.688/41 (Lei de Contravenções Penais) que em seu artigo 50 proibia a prática ou exploração de jogos de azar em todo o território nacional.
Com a entrada em vigor da lei 13.756/18, foi criada uma nova modalidade de apostas, denominada "apostas de quota fixa". Esta nova modalidade consiste em um sistema de apostas relacionadas a eventos reais de temática esportiva e que deve ser explorada, exclusivamente, em ambiente concorrencial, sendo possível a comercialização em quaisquer canais de distribuição comerciais físicos e virtuais.

No entanto, até os dias de hoje o debate sobre essa lei segue em aberto e a regulamentação ainda está pendente.

Futebol é alvo

A maior preocupação no mercado brasileiro é o futebol. Uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aponta que entre 70% e 85% do valor investido em apostas esportivas é na modalidade.
Um dos casos analisados pela pesquisa é a Operação Game Over, desencadeada em 2016 e que prendeu sete pessoas em quatro estados, acusadas de manipular resultados.

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