Coronavírus

Conass quer escolas e igrejas fechadas devido a Covid-19

Conselho Nacional de Secretários de Saúde sugere a adoção de medidas urgentes para conter o avanço da doença no Brasil e evitar um colapso nas redes pública e privada de saúde

Ronaldo Rocha/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Presidente do Conass, Carlos Lula, divulgou carta aberta com sugestões de medidas contra a Covid-19
Presidente do Conass, Carlos Lula, divulgou carta aberta com sugestões de medidas contra a Covid-19 (Carlos Lula)

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), presidido pelo secretário de Estado da Saúde do Maranhão, Carlos Lula, divulgou ontem uma carta aberta com a sugestão de medidas urgentes a serem adotadas nas unidades da Federação e evitar um provável colapso nas redes de saúde pública e privada em todo território nacional.

Dentre as medidas, está o fechamento imediato das escolas e demais instituições de ensino de todos os níveis e a proibição de realização de manifestações religiosas, o que teria como consequência o fechamento das igrejas.

Na carta, o colegiado de gestores assegura que esse é o pior momento da crise sanitária provocada pela Covid-19 em todo o país, com novos casos da doença em “patamares muito elevados em todas as regiões, estados e municípios”.

“O relaxamento das medidas de proteção e a circulação de novas cepas do vírus propiciaram o agravamento da crise sanitária e social, esta última intensificada pela suspensão do auxílio emergencial. O recrudescimento da epidemia em diversos estados leva ao colapso de suas redes assistenciais públicas e privadas e ao risco iminente de se propagar a todas as regiões do Brasil”, destaca trecho do documento.

O conselho também sustentou que a baixa cobertura vacinal alcançada até o momento, não é o suficiente para conter o avanço da doença.

“O recrudescimento da epidemia em diversos estados leva ao colapso de suas redes assistenciais públicas e privadas e ao risco iminente de se propagar para todas as regiões do Brasil. Infelizmente, a baixa cobertura vacinal e a lentidão na oferta de vacinas ainda não permitem que esse quadro possa ser revertido em curto prazo. O atual cenário da crise sanitária vivida pelo país agrava o estado de emergência nacional e exige medidas adequadas para sua superação”, complementa a carta.

É o que justifica, segundo o colegiado, o fechamento de escolas, igrejas, bares e restaurantes.

Toque de recolher

O Conass também defende o toque de recolher, das 20h às 6h da manhã, em todo o país. “A proibição de eventos presenciais como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional; a suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país; o toque de recolher nacional a partir das 20h até as 6h da manhã e durante os finais de semana; o fechamento das praias e bares; a adoção de trabalho remoto sempre que possível, tanto no setor público quanto no privado; a instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual”, são algumas das propostas sugeridas.

“A adoção de medidas para redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos; a ampliação da testagem e acompanhamento dos testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos; o reconhecimento legal do estado de emergência sanitária e a viabilização de recursos extraordinários para o SUS, com aporte imediato aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde para garantir a adoção de todas as medidas assistenciais necessárias ao enfrentamento da crise; a implementação imediata de um Plano Nacional de Comunicação, com o objetivo de reforçar a importância das medidas de prevenção e esclarecer a população; a adequação legislativa das condições contratuais que permitam a compra de todas as vacinas eficazes e seguras disponíveis no mercado mundial”, recomenda outro trecho da carta;

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