Pandemia

Infodemia? Que história é essa?

Em meio à pandemia de Covid-19, a população tem de lidar com a pandemia de informações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
A psiquiatra  Célia Almeida explica como funciona a Infodemia
A psiquiatra Célia Almeida explica como funciona a Infodemia (Célia Almeida - psiquiatra)

São Luís - Além de uma pandemia causada por um vírus, estamos vivendo uma pandemia de informações. O tempo todo somos bombardeados com notícias, dados, boatos e notícias falsas. É tanta informação que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que se vive uma infodemia, ou seja, uma pandemia de informações.

Em meio à informação, a infodemia sobre a Covid-19 pode ser tão perigosa quanto o próprio vírus, principalmente se pensarmos na disseminação de fake news e as diversas teorias da conspiração, a exemplo: “quem tomar a vacina contra a Covid-19 vai virar jacaré”.

Para se entender quais as consequências e como evitar a infodemia, a médica psiquiatra do Hapvida, Célia Almeida de Moura Prestes respondeu algumas dúvidas.

Quais são as possíveis consequências psicológicas para as pessoas que consomem notícias em excesso?
“O segredo para viver bem é exatamente o meio termo, o equilíbrio. Com o consumo de notícias em excesso, sejam elas falsas ou verdadeiras, ocorre, com frequência, alterações no humor, como sintomas ansiosos e/ou depressivos. Muitas vezes as pessoas se tornam mais confusas e até psicóticas”.

De acordo com a sua experiência, é possível dizer que existem pessoas que são mais afetadas do que outras pelas notícias? Como lidar com essa diferença (caso ela exista)?
“Algumas pessoas são mais sensíveis e, por isso, não devem se informar sobre algumas notícias, pois podem exacerbar suas consequências, distorcer e assim temer. Este temor pode levar aos mais variados transtornos psiquiátricos”.

Existe um ‘meio termo’ entre continuar informado e manter a saúde mental? Se sim, existem algumas dicas para que ele possa ser alcançado?
“Devemos estar sempre bem informados, porém nunca substituir os afazeres do nosso dia a dia pela necessidade de estar a par de tudo. Percebemos ainda uma competição pela informação, e isto faz com que as pessoas passem longas horas a procura desta, deixando para trás novas construções na sua vida”.

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