Editorial

Força-tarefa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

O Ministério Público tem se mostrado incansável em seu trabalho para tentar reverter os números ruins da Covid-19 no estado. Se como órgão fiscalizador ele não pode agir com mais força, suas recomendações e fiscalização diuturna, em parceria com órgãos estaduais e municipais, tem surtido algum efeito, ainda que muito dele seja revolta de quem acha que pode viver e trabalhar como se não houvesse uma pandemia mortal lá fora.

Nesta quarta-feira, 24, uma nova reunião com representantes de órgãos de fiscalização municipal traçou metas e articulou operações de fiscalização às medidas de combate à Covid-19. Na reunião, a promotora do Consumidor, Lítia Cavalcanti, lembrou que foram expedidas Recomendações para vários segmentos, com destaque para os mais sensíveis e afetados pela Covid-19: transporte público, academias, bares, restaurantes e casas de shows. Ela afirmou, ainda, que já foram realizadas reuniões com representantes das academias, bares, restaurantes e casas de show.

Finda as reuniões, agora é a hora de realizar fiscalização para verificar se o que foi dito e acordado à exaustão, está sendo feito, colocado em prática. Quem não estiver cumprindo as determinações e normas sanitárias sofrerá sanção, será punido administrativamente, com perda dos alvarás pela Vigilância Sanitária, multa e, em alguns casos, a criminalização pelo artigo 268 do Código Penal. É necessário ser rigoroso.

Por outro lado, a Defensoria Pública do Estado (DPE) também tem feito um esforço para conter os efeitos da pandemia e entrou com uma ação judicial exigindo que o transporte público se restrinja a condução de passageiros sentados e, com isso, o aumento da frota, para poder atender a toda a demanda. A DPE também requereu a suspensão de música ao vivo ou mecânica em bares e restaurantes - assim como música ambiente - nos próximos 14 dias no estado.

Não se pode dizer que os órgãos não estão tentando. Cabe ao cidadão comum fazer a sua parte também. Sacrificar um pouco seu lazer aglomerado em prol de um bem maior, sua vida e de seus familiares, porque a doença ainda prolifera e está ficando cada vez mais agressiva, com uma nova cepa, já encontrada na capital, muito mais contagiosa.

Quem quiser pagar para ver, basta descumprir as determinações, aglomerar-se, não usar máscara e não se higienizar adequadamente. Basta exercer sua ignorância, agindo como se o coronavírus fosse apenas uma gripezinha e deixando de lado as quase 5 mil mortes decorrentes dela no Maranhão, as 15 mortes somente nas últimas 24 horas, no estado registrados pelo Boletim Epidemiológico divulgado diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde, os milhões de mortos em todo o mundo. Basta dar uma voltinha nos hospitais com leitos lotados de doentes, visitá-los, observar seu estado de saúde e entender que o negócio é bem mais sério do que se imaginou ser.

Todo apoio é necessário. Que todos se aliem à força tarefa que vem sendo realizada para conter o aumento de casos da doença, porque o Brasil anda na contramão do resto do mundo, que já contabiliza leves quedas nos casos da doença, saindo aos poucos da segunda onda. O estado parece estar no meio do tubo desta onda que apenas cresce e engole incautos.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.