Flávio Dino critica política de tarifação de preços de derivados do petróleo
Governador usou suas redes sociais, no fim de semana, para lamentar os "preços estratosféricos pagos pelas famílias brasileiras"
O governador do Maranhão, Flávio Dino, usou suas redes sociais, no fim de semana, para criticar o Governo Federal pelo reajuste no preço dos combustíveis. “Da campanha “O Petróleo é Nosso” até o Pré-Sal, levamos décadas para construir a Petrobras, um dos orgulhos nacionais, garantidor da nossa soberania”, escreveu, citando a frase que se tornou famosa ao ser pronunciada pelo então presidente da república, Getúlio Vargas, por ocasião da descoberta de reservas de petróleo na Bahia.
O chefe do Executivo estadual prosseguiu na postagem: “Tudo isso está sendo destruído em poucos anos, levando a preços estratosféricos pagos pelas famílias brasileiras”. Além de criticar a política de tarifação de preços dos derivados de petróleo, o governador refere-se, especificamente, ao quarto aumento do ano para a gasolina, que acumula alta de 34,7%, e o terceiro aumento para o diesel, que já ficou 27,7% mais caro em 2021. No caso da gasolina, o litro chegou a R$ 2,48, um acréscimo de 23 centavos, a partir da última sexta-feira (19).
Na opinião de Flávio Dino, o governo federal tem responsabilidade direta nesses reajustes, ao manter a política que atrela os preços nacionais às oscilações do mercado internacional, mesmo sendo o Brasil um dos maiores produtores de petróleo do mundo. A situação poderá se agravar, caso avance a política de privatizações. São oito refinarias da Petrobras que poderão ser vendidas em todo o país. Juntas, elas correspondem a 50% de todo o refino brasileiro.
Barris - Atualmente, a produção de petróleo é de 2,6 milhões de barris por dia. As refinarias operando em 100% conseguem refinar 2,4 milhões para abastecer um mercado gigantesco, ou seja, de 2,2 milhões de barris por dia. O gás de cozinha está batendo os 100 reais. Por sua vez, há postos vendendo gasolina a R$5,20 e, provavelmente, haverá mais aumento, haja vista que foi anunciado aumento no diesel, gasolina e gás de cozinha.
Segundo os especialistas no assunto, há três fatores que influenciam a alta de toda a cadeia do petróleo. Um é o dólar. Quanto mais o dólar sobe, mais cara fica a gasolina na atual política de preços. O segundo é o valor do barril de petróleo, quando o preço do barril sobe. Estava em torno de 25 dólares e, agora, está batendo os 70 dólares. Se o valor do barril sobe, aumenta o dos combustíveis.
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