Preços dos combustíveis

Flávio Dino critica política de tarifação de preços de derivados do petróleo

Governador usou suas redes sociais, no fim de semana, para lamentar os "preços estratosféricos pagos pelas famílias brasileiras"

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Governador defendeu mudanças na política de precificação dos combustíveis
Governador defendeu mudanças na política de precificação dos combustíveis (Flávio Dino)

O governador do Maranhão, Flávio Dino, usou suas redes sociais, no fim de semana, para criticar o Governo Federal pelo reajuste no preço dos combustíveis. “Da campanha “O Petróleo é Nosso” até o Pré-Sal, levamos décadas para construir a Petrobras, um dos orgulhos nacionais, garantidor da nossa soberania”, escreveu, citando a frase que se tornou famosa ao ser pronunciada pelo então presidente da república, Getúlio Vargas, por ocasião da descoberta de reservas de petróleo na Bahia.

O chefe do Executivo estadual prosseguiu na postagem: “Tudo isso está sendo destruído em poucos anos, levando a preços estratosféricos pagos pelas famílias brasileiras”. Além de criticar a política de tarifação de preços dos derivados de petróleo, o governador refere-se, especificamente, ao quarto aumento do ano para a gasolina, que acumula alta de 34,7%, e o terceiro aumento para o diesel, que já ficou 27,7% mais caro em 2021. No caso da gasolina, o litro chegou a R$ 2,48, um acréscimo de 23 centavos, a partir da última sexta-feira (19).

Na opinião de Flávio Dino, o governo federal tem responsabilidade direta nesses reajustes, ao manter a política que atrela os preços nacionais às oscilações do mercado internacional, mesmo sendo o Brasil um dos maiores produtores de petróleo do mundo. A situação poderá se agravar, caso avance a política de privatizações. São oito refinarias da Petrobras que poderão ser vendidas em todo o país. Juntas, elas correspondem a 50% de todo o refino brasileiro.

Barris - Atualmente, a produção de petróleo é de 2,6 milhões de barris por dia. As refinarias operando em 100% conseguem refinar 2,4 milhões para abastecer um mercado gigantesco, ou seja, de 2,2 milhões de barris por dia. O gás de cozinha está batendo os 100 reais. Por sua vez, há postos vendendo gasolina a R$5,20 e, provavelmente, haverá mais aumento, haja vista que foi anunciado aumento no diesel, gasolina e gás de cozinha.

Segundo os especialistas no assunto, há três fatores que influenciam a alta de toda a cadeia do petróleo. Um é o dólar. Quanto mais o dólar sobe, mais cara fica a gasolina na atual política de preços. O segundo é o valor do barril de petróleo, quando o preço do barril sobe. Estava em torno de 25 dólares e, agora, está batendo os 70 dólares. Se o valor do barril sobe, aumenta o dos combustíveis.

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