Período Chuvoso

Chuvas deixam estragos em casas no Residencial Pirâmide e Olho d'Água

Todos os anos, no período chuvoso, moradores do residencial sofrem com alagamentos; na área do Olho d'Água situação é semelhante; Inmet lançou alerta de perigo para o Maranhão

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Depois das chuvas intensas que atingiram a Ilha, casas do Residencial Pirâmide ficaram alagadas
Depois das chuvas intensas que atingiram a Ilha, casas do Residencial Pirâmide ficaram alagadas

São Luís – A região metropolitana de São Luís amanheceu, nesta terça-feira, 16, com uma chuva que se arrastou ao longo de toda a manhã e que – como já é comum – causou vários transtornos à população, no entanto, há locais que sofrem muito mais com o período chuvoso, e esse é o caso do Residencial Pirâmide, localizado no município de Raposa.

Foi divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) um “alerta laranja” para o estado do Maranhão, que representa o grau de severidade de perigo, o nível mais alto é o vermelho (grande perigo), e abaixo do laranja, o alerta amarelo (perigo potencial).

Segundo o Inmet, o sinal de perigo acaba nesta quarta-feira, 17. O aviso significa risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco.

Rotina anual
Lidar com os problemas causados pela chuva faz parte da rotina de quem é morador do Residencial Pirâmide. Ontem, um morador fazia o trabalho braçal de colocar a terra que caiu de uma encosta de volta ao seu lugar de origem, assim impedindo que o deslizamento chegasse até sua residência.

“Quando chove, às vezes, isso aqui tudo desce, então, depois da chuva a gente tem de colocar tudo de novo”, explicou, o homem, que não quis se identificar e disse que faz esse processo há cinco anos.

O jardineiro, Yan Sousa, que passava de moto no local, contou que sua casa quase ficou alagada no inverno passado e que o medo agora é que neste período de chuva a situação se concretize. “A metade detrás alagou, só a da frente que não, porque é mais alta”, destacou.

Ele relatou que vários casas, no seu entorno, foram tomadas pela água e, diante disso, os moradores têm duas alternativas, irem embora ou continuarem nas suas residências. Porém, as duas opções são prejudiciais para quem vive no residencial. Quem sai de casa precisa arcar com o custo de alugar um outro imóvel e quem fica precisa conviver com o alagamento.

O Estado tentou contato com a prefeitura de Raposa, para questionar sobre os problemas citados, mas não obteve resposta.

Alagamento
A técnica de enfermagem, Weslene Carvalho, moradora do Residencial Pirâmide, deu início ao sonho de construir sua casa de alvenaria, após ter ficado com sua residência alagada em 2020.

O Estado esteve na sua casa no ano passado, quando a mulher estava grávida. “Eu não acho que vai encher como ano passado, porque ano passado nesse mesmo período a água já estava perto e este ano, não”, afirmou.

Ela contou que, no ano passado, a água só baixou em setembro, ou seja, praticamente um ano perdido. Desta vez, a técnica estava mais animada com a construção da casa e, aparentemente despreocupada com o inverno.

Um caso de alagamento foi registrado nesta terça-feira, 16, dois bares, localizados no bairro Olho d’Água, ficaram cobertos de lama, a quantidade de água que invadiu o espaço foi capaz de cobrir os pés de dona Maria e Osvaldo, proprietários dos estabelecimentos atingidos. Segundo Amanda Senna, moradora do bairro, a situação aconteceu, por causa da obra de prolongamento da Avenida Litorânea, que ainda não foi finalizada.

No Olho d’Água, imóveis também ficaram com muita lama e água
No Olho d’Água, imóveis também ficaram com muita lama e água

SAIBA MAIS

  • Instruções do Inmet
  • Evite enfrentar o mau tempo.
  • Observe alteração nas encostas.
  • Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.
  • Em caso de situação de inundação, ou similar, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos.
  • Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
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