Covid-19

Ministério da Saúde fortalece vigilância genômica no combate a mutações do vírus

Rede Nacional de Sequenciamento Genético vai investigar, na fase piloto, 1.200 amostras de SARS-CoV-2 em circulação no Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
.
. (Covid-19)

Brasília - O Ministério da Saúde está implementando, nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública dos Estados (LACEN), a Rede Nacional de Sequenciamento Genético para investigar mutações e diferentes linhagens do SARS-CoV-2 em circulação no Brasil. Na fase piloto, serão sequenciadas 1.200 amostras do vírus de todas as Unidades da Federação em quatro laboratórios de referência (Instituto Adolfo Lutz/SP, Instituto Evandro Chagas/PA, LACEN Bahia e LACEN Minas Gerais).

A Rede foi discutida, na última quarta-feira (10/2), em um webinar sobre Vigilância Genômica de SARS-Cov-2, vírus causador da Covid-19. O encontro contou com abertura do secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Arnaldo Medeiros, e reuniu especialistas dos institutos Fiocruz, Evandro Chagas e Adolf Lutz.

Segundo o secretário Arnaldo, a inciativa irá acelerar a investigação das mutações do vírus da Covid-19. “A vigilância e o acompanhamento dessas mutações nos ajudará na resposta do SUS para o controle da pandemia no País e para entender cada vez mais o comportamento do vírus”, disse.

No encontro, eles debateram o aprimoramento da rede de vigilância e o uso das técnicas de sequenciamento genético como ferramenta para controle da pandemia, além dos dados de vigilância genômica disponíveis no Brasil e no mundo. Também foram tema o impacto das mutações e variantes sobre o diagnóstico, tratamento e diretrizes de enfrentamento à pandemia.

Com o surgimento de novas variantes, é fundamental que o País construa uma rede estruturada para combater novas ameaças. Por isso, somente no ano de 2020, foram investidos mais de R$ 490 milhões para o fortalecimento e inovação da rede laboratorial para enfrentamento da Covid-19, o que inclui a compra de equipamentos, aquisição de insumos e capacitação.

Experiência
A vigilância genômica de vírus respiratórios começou no ano 2000 no Brasil, através dos Centros Nacionais de Influenza (da sigla em inglês, NIC), presentes no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz/RJ), Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP) e Instituto Evandro Chagas (IEC/PA). Atentos à pandemia de Covid-19, os NIC começaram a receber amostras para sequenciamento de SARS-CoV-2 já em março de 2020.

Com o objetivo de fortalecer ainda mais a vigilância genômica em território nacional, outros laboratórios públicos e privados também começaram a realizar sequenciamento dentro de suas linhas de pesquisa.

Técnica de sequenciamento
Por meio de informações como o número de acúmulo de mutações, identificação de cadeias de transmissões locais e monitoramento da taxa de transmissão, cientistas são capazes de monitorar e entender melhor as mutações que ocorrem naturalmente nos vírus.

As informações coletadas através desta técnica servem como subsídio para a construção de orientações técnicas e políticas públicas eficientes de combate a propagação do vírus.

Agência Saúde

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.