Bolsonaro, em evento em Alcântara, fala em verbas destinadas ao MA em 2020
Presidente entregou títulos de propriedade a 120 famílias remanejadas pela criação do Centro de Lançamento de Alcântara na década de 1980
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou ontem a instalação de uma agência da Caixa Econômica na cidade de Alcântara e a possível extensão do programa Auxílio Emergencial, que atende a população de baixa renda em decorrência da crise financeira provocada pela pandemia da Covid-19.
A declaração do presidente ocorreu durante solenidade oficial para a entrega de 120 títulos de propriedade às famílias remanejadas por causa da criação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), ocorrida na década de 1980.
Ele também oficializou o registro dos primeiros contratos de doação dos lotes rurais e urbanos para as famílias remanejadas da área, honrando assim um passivo antigo da União com aquela comunidade.
Durante o seu discurso, na solenidade, Bolsonaro anunciou a instalação de uma agência da Caixa Econômica em Alcântara.
“Muita satisfação de retornar ao meu estado do Maranhão. Ainda no corrente ano, se Deus quiser, retornei aqui para inaugurarmos a ponte do Alto Parnaíba. Eu estava aqui no telefone buscando falar com o presidente [Pedro Guimarães] da Caixa Econômica Federal, e consegui. E eu tinha de conseguir, afinal, estou aqui com um senador e oito deputados federais querendo que eu falasse com ele. Prezado prefeito, Padre William, o senhor não tem uma agência da Caixa aqui em Alcântara, não é isso mesmo? O senhor não tinha, agora tem. Obviamente, conversando com o Pedro, da Caixa Econômica Federal, ele deu o sinal verde, acreditando no sucesso e no progresso da região”, anunciou o presidente.
Auxílio emergencial
Depois de entregar os títulos de propriedade e de anunciar a instalação de uma agência da Caixa em Alcântara, o presidente da República afirmou que o Governo já estuda dar extensão ao auxílio emergencial.
A continuidade do programa, segundo o chefe de Estado, seria por “mais alguns meses”. O benefício para combater os efeitos econômicos da Covid-19 foi encerrado em dezembro de 2020. Em janeiro e em fevereiro foram feitos alguns pagamentos residuais do panorama.
"[...] No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estuda a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial, que - repito -, o nome é 'emergencial'.
“Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país e ninguém quer o país quebrado", salientou.
Presidente Jair Bolsonaro disse que em conversa com o Parlamento, em Brasília, entendeu que há necessidade de uma nova rodada do auxílio, por causa da situação das pessoas que estão desempregadas.
"Porque, junto com a pandemia, houve muito fechamento de postos de trabalho e vocês necessitavam de algo para ajudá-los na sobrevivência", finalizou.
Mais
Presentes
Seis ministros acompanharam o presidente Bolsonaro, na agenda oficial à cidade de Alcântara: Damares Alves (Mulher), Milton Ribeiro (Educação), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Gilson Machado (Turismo), Fernando Azevedo (Defesa) e Fábio Farias (Comunicações). O senador Roberto Rocha (PSDB) e os deputados federais Aluísio Mendes (PSC), André Fufuca (PP), Pedro Lucas Fernandes (PTB), Marreca Filho (Patriota), Edilázio Júnior (PSD), Josivaldo JP (Podemos), Pastor Gil (PL) e Hildo Rocha (MDB), também acompanharam o presidente.
Presidente rebate Dino, que diz ser obrigação
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu o governador Flávio Dino (PCdoB) - que tem reclamado da falta de recursos para a reabertura de leitos no estado -, e disse que a reclamação não se justifica.
Depois de fechar por decisão do próprio Governo do Estado 51,6% dos leitos exclusivos para pacientes de Covid-19, Dino acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar a União a encaminhar recursos para a reabertura dos leitos de UTI e de clínica médica.
Bolsonaro afirmou que somente no ano passado, encaminhou mais de R$ 18 bilhões ao Maranhão.
"Desses R$ 18 bilhões, R$ 1,3 bilhão foi para a Saúde. E R$ 190 milhões foram exclusivamente para leitos de UTI. Então, não justifica qualquer reclamação de não haver leitos de UTI para atender aos irmãos maranhenses", afirmou o presidente durante a solenidade oficial em Alcântara.
Nas redes sociais, Dino disse que é obrigação e não favor do Governo Federal financiar os leitos do SES e ainda rebateu (sem dados) os valores que o presidente falou ter emsido repassados ao Maranhão em 2020.
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