Oferta na saúde

Parlamentares cobram expansão de leitos na rede pública e privada da Ilha

Assunto repercutiu na sessão de ontem da Assembleia Legislativa do MA; deputados também falaram sobre a possibilidade de lockdown no Estado

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Duarte Júnior fez críticas à Prefeitura de SL
Duarte Júnior fez críticas à Prefeitura de SL (Duarte Júnior )

A expansão de leitos nas redes pública e privada na capital maranhense foi um dos temas que protagonizaram os debates na Assembleia Legislativa do Maranhão ontem. Parlamentares criticaram as gestões públicas municipal e estadual e cobraram a oferta de vagas para pacientes em tratamento exclusivo para a Covid-19. A Prefeitura de São Luís anunciou ontem a disponibilização de leitos para pacientes com o novo coronavírus.

O deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos) direcionou o discurso para a gestão pública municipal. Ao citar o orçamento previsto para 2021 (cerca de R$ 3,5 bilhões), o parlamentar cobrou a retomada dos 90 leitos específicos para a doença disponibilizados pelo Executivo ludovicense em 2020. “Será que todos estão fazendo a sua parte? Há valores sim para serem aplicados na oferta de leitos e nosso papel é cobrar a gestão sobre esta medida”, disse.

Segundo Duarte, o Governo do Maranhão está colaborando com o trabalho. Ele pontuou que, de acordo com o parecer oficial, 600 leitos fazem parte da estrutura de assistência contra a Covid-19 no Estado. “É preciso que haja uma colaboração mais forte da Prefeitura de São Luís. Como parlamentar, vou fiscalizar os próximos atos”, disse.

Privado

Durante o pequeno expediente, o deputado estadual Yglésio Moyses (Pros) citou a recente manifestação de representantes de hospitais particulares da capital, que até o fechamento desta edição, informaram sobre a oferta de apenas 8 leitos de UTI na rede. Segundo o parlamentar, é necessário que os empresários auxiliem o poder público.

“Não é somente a Prefeitura e o Governo do Maranhão que devem contribuir com a expansão de leitos. A rede particular também precisa investir neste aspecto para evitar medidas mais duras, como o lockdown”, afirmou.

O deputado vem sendo crítico da ação da rede particular nas redes sociais. Em recente aparição no Twitter, o parlamentar elevou o tom das argumentações sobre o tema. “Hospital particular aumenta leitos Covid em alta velocidade. Não fazem licitação, não respondem a Tribunais de contas”, escreveu. Ele disse ainda que o argumento de ocupação máxima é uma tática para não ceder vagas para o Estado.

Cobrança e afago

O deputado Wellington do Curso (PSDB) adotou tom híbrido em sua posição em tribuna. Ele cobrou transparência na oferta de leitos disponíveis para o coronavírus no Estado, no entanto, ao contrário de outros colegas, elogiou a atuação da Prefeitura de São Luís no combate à pandemia.

O parlamentar sugeriu ainda a criação do auxílio emergencial estadual e encaminhou pedido à Mesa.

Mais

Boletim

Dados do último boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam que 419 pessoas estão internadas no Estado em tratamento da Covid-19, sendo a maioria (22) na rede pública. Segundo o levantamento, mais de 86% dos leitos de UTI na Grande Ilha e 93% das vagas para a especialidade em Imperatriz estão ocupados.

Em entrevista coletiva na terça-feira, 9, durante entrega simbólica de hospital de campanha na cidade de Bacabal, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), confirmou a oferta de 150 novos leitos na rede estadual.

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