O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), anunciou ontem, em entrevista coletiva, a oferta de 120 novos leitos - sendo 30 de UTI e 90 de enfermaria - exclusivos para atendimento de pacientes com o coronavírus. De acordo com o gestor, os leitos serão ofertados de forma imediata e servirão como apoio para a rede pública estadual.
Os leitos de UTI serão divididos em 20 leitos no Hospital Universitário e outros 10 no Hospital da Mulher (que entre abril e agosto do ano passado também serviu como local de assistência à doença na capital).
Os outros 90 de enfermaria (ou leitos clínicos) serão divididos, sendo 40 no Hospital da Mulher, 20 no Hospital Universitário e outros 30 distribuídos em áreas prioritárias, como Zona Rural, Bequimão, Itaqui-Bacanga e Centro. Segundo o prefeito, nestas zonas, as unidades de saúde também serão preparadas para receber pessoas com “sintomas gripais” ou relacionados à doença.
O prefeito informou ainda que, além dos leitos, a Unidade Mista do Bequimão receberá pacientes pós-Covid, que registram sequelas oriundas da doença. “Será um Centro Especializado, específico para tratar possíveis consequências, como disfunções respiratórias e outras questões”, disse Braide.
Além da inclusão na rede de saúde de estrutura específica para a Covid-19, o prefeito anunciou ainda a expansão do número de coletivos da cidade, de segunda a sexta-feira, durante os chamados horários de pico (a partir das 6h e às 18h). “Não se pode pedir para as pessoas não aglomerarem se o poder público não proporciona mais ônibus para a população. Por isso, tomamos essa medida”, disse o prefeito.
Durante a coletiva, o prefeito confirmou ainda que os dias 15, 16 e 17 de fevereiro (que em tese seriam de feriado de Carnaval) terão expediente normal nos órgãos públicos municipais. “Estas são medidas que vamos executar para evitar medidas mais duras, como a decretação de lockdown na cidade”, afirmou.
Freio
As medidas anunciadas pela gestão pública visam frear os casos relativos à doença e a ocupação de leitos, em especial, na rede estadual. Até ontem, na capital, foram confirmados 28.685 casos da doença. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), na Grande Ilha (que abrange a capital), mais de 80% dos leitos de UTI estavam ocupados.
Relembre
No ano passado, a partir de maio, a gestão anterior da Prefeitura de São Luís tomou medidas para a rede de assistência da doença. Dentre elas, a inclusão de leitos exclusivos de UTI no Hospital da Mulher, além da oferta de vagas no Hospital Universitário e abertura de leitos na UPA da Zona Rural (10 no total para casos de menor complexidade).
Com a redução dos casos, o Município decidiu desativar toda a rede que, desde outubro do ano passado, dependia na capital dos recursos exclusivos do Estado para assitência da Covid-19 em São Luís.
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