Consumidor

Reajuste da gasolina preocupa condutores e motoristas de aplicativos

Aumento foi de cerca de 8% e já está sendo percebido por condutores que usam o veículos para trabalhar e sustentar a família

Evandro Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Aumento no preço da gasolina deixa motoristas de aplicativos preocupados e no prejuízo com suas corridas
Aumento no preço da gasolina deixa motoristas de aplicativos preocupados e no prejuízo com suas corridas (gasolina)

São Luís - O aumento no preço da gasolina está preocupando condutores de veículos que trafegam em São Luís. O reajuste chega a quase 8%, o que representa um peso bastante significativo no orçamento. Quem está sentindo ainda mais no bolso são os motoristas de aplicativos, que precisam rodar diariamente e consideram que a tarifa fixa cobrada também deveria aumentar.

Társio Araújo, que é motorista de aplicativo, contou que observou o aumento no início da semana. “Ontem, percebi que o litro já estava quase 5 reais, ou seja, 4,99 em alguns postos. Em outros, já está R$ 5,09. No fim de semana, eu abasteci por R$ 4,69. Se você percorrer os bairros, vai observar que aumentou muito, em praticamente todos os postos da cidade”, contou Társio Araújo, acreditando que esse reajuste decorre do aumento de impostos.

Para Diones Costa, o problema é que a taxa que os motoristas de aplicativo pagam para as operadoras dos sistemas, como é o caso dele, permanece a mesma. E o valor das corridas não aumentou. “As taxas não sofrem redução no valor, ou seja, a gasolina vai subindo e as nossas despesas só aumentando. É por isso que nós, que trabalhamos com aplicativos, estamos querendo fazer alguma mobilização sobre essa problemática, para que o valor da corrida aumente”, disse.

Com o aumento da gasolina, motoristas de aplicativos que alugam veículos para trabalhar se prejudicam e, não tendo como arcar com os custos do aluguel, ficando inadimplentes com as locadoras. “O resultado é que muitos deixam de trabalhar e ainda ficam inadimplentes. Do jeito que a coisa está, não se tem lucro e a vida da gente se complica”, frisou Diones Costa. O preço médio do litro do combustível subiu R$ 0,17 e passa a ser de R$ 2,25. Já o óleo diesel aumentou cerca de 6% (R$ 0,13 por litro) e passa a custar R$ 2,24.

Na esteira de aumentos, O GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de botijão, também teve o preço majorado: cerca de 5% (R$ 0,14 por kg). Com o reajuste do preço, o gás de botijão está custando 2,91 por kg (ou R$ 37,79 por 13 kg). A Petrobras reajustou por três vezes o preço da gasolina este ano e por duas o valor do litro do diesel.

Desde o início do ano, a Petrobras já elevou em 22% o preço da gasolina – em dezembro, o litro custava R$ 1,84. Já o diesel subiu 10,9%. Com as novas altas, o litro da gasolina passou a custar mais caro que o do diesel às distribuidoras.

SAIBA MAIS

O percentual de reajuste da gasolina e do diesel nas refinarias não chega integralmente ao consumidor. Isso porque o preço ao consumidor é formado pelo valor nas refinarias, pelos impostos federais Cide e Pis/Cofins, o estadual ICMS e pelas margens de lucro da distribuidora e da revenda. Assim, um mesmo reajuste de R$ 0,10, por exemplo, representa um percentual maior de variação no preço da refinaria, que é mais baixo, do que no preço na bomba, que é mais alto devido a todos esses itens adicionais.

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