Estado Maior

Nova visita

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), visita amanhã o Maranhão. Esta será a segunda vez que ele vem ao estado após se tornar
presidente. Agora, a visita tem um único objetivo: demonstrar que o Brasil tem preocupação com as comunidades de Alcântara, onde Bolsonaro vai entregar
títulos de propriedades.

Parece ser estratégica a visita do presidente ao Centro de Lançamento de Alcântara. Ela acontece exatamente após a organização U.S Network for Democracy in Brazil enviar relatório ao novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mostrando dados preocupantes em relação à comunidade quilombola ao
redor da Base Espacial de Alcântara, local que faz parte do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre Brasil e
EUA.

O pedido, no documento da organização, é para que seja suspenso o acordo entre os dois países e há uma tendência de o presidente Biden assim fazê-lo.

Diante dessa possibilidade, o presidente Jair Bolsonaro desembarca às 10h na Base de Alcântara, numa iniciativa de mostrar que há sim uma atenção do Brasil com as comunidades da cidade histórica.

Polêmica
Bolsonaro esteve no Maranhão durante a campanha eleitoral de 2020. Ele foi inaugurar pequeno trecho da BR-135 que recebe serviços no Exército Brasileiro.

Naquele ato, em Bacabeira, o presidente da República acabou por causar polêmica ao tomar o cor-de-rosa Guaraná Jesus.

Na ocasião, Bolsonaro disse que iria se tornar “boiola” por tomar o refrigerante. A frase ganhou repercussão nacional e foi criticada nas redes sociais por opositores do presidente e também por parte dos usuários. O presidente se desculpou pela “brincadeira” durante live na internet.

Não foi convidado
O governador Flávio Dino (PCdoB), até o fechamento da coluna, não havia recebido convite para participar da solenidade em Alcântara com o presidente Bolsonaro.

Em nota enviada à coluna, a Governadoria informou que “houve apenas uma demanda, enviada pelo comandante do Centro de Lançamento de Alcântara, dirigida à Secretaria de Segurança Pública, para apoio da Polícia Militar, que será atendida”.

Assim como ocorreu na primeira visita, Dino não deverá ser chamado para participar, e se fosse, o mais provável, é que mandaria somente um representante.

Convite
Na comitiva do presidente da República rumo ao Maranhão estará o senador do PSDB, Roberto Rocha.

Homem de confiança de Bolsonaro, Rocha já agiu para tentar mostrar que o Acordo de Salvaguardas entre Brasil e EUA veio para mudar a realidade das comunidades quilombolas.

O tucano enviou um ofício ao embaixador norte-americano no Brasil, Tod C. Chapman, convidando uma comitiva dos EUA para conhecer in loco a cidade de Alcântara.

Melhorias
No ofício, Roberto Rocha justifica que o documento da U.S Network for Democracy in Brazil não diz que as comunidades em Alcântara vivem na extrema pobreza.

Algo, segundo o senador, que independe do acordo entre os dois países. Ainda de acordo com Roberto Rocha, a proposta é levar melhorias com o uso da Base de Alcântara.

Para esta missão, Rocha convida membros da administração de Joe Biden e também parlamentares do Congresso norte-americano.

Interesse dos EUA
A preocupação do governo brasileiro talvez seja exagerada. Durante a coletiva de imprensa da apresentação do hospital de campanha de Bacabal, cedido pelos EUA, o governo norte-americano falou sobre a base de Alcântara.

À coluna, o governo informou que empresas dos EUA deverão desembarcar no Maranhão até o fim deste ano para investimentos e em busca de parcerias técnico-científicas para o Centro de Lançamento de Alcântara.

Segundo Todd Chapman, os EUA têm interesse na exploração da base, referência para o lançamento de dispositivos no planeta.

DE OLHO

100 novos leitos SERÃO ABERTOS no Maranhão, segundo anunciou o governador Flávio Dino nas redes sociais.

Comentário
O deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos) usou as redes sociais para elogiar o governo do Maranhão e criticar a Prefeitura de São Luís.

O elogio à gestão estadual é pela expansão no número de leitos anunciada pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

A crítica à administração da capital é pela falta de leitos exclusivos para o tratamento das pessoas com Covid-19.

E MAIS

• Em junho do ano passado, o governo estadual anunciou o fechamento dos leitos por não estarem sendo usados.

• O Estado justificou que manter os leitos, naquele momento, seria gasto de dinheiro público.

• Na ocasião, a gestão estadual disse ainda que, se preciso fosse, reativaria os leitos para atender à demanda de casos de Covid-19.

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