Lançamento

Luísa Gouvêa estreia carreira solo na música com single "Carta ao Tempo"

Faixa dá nome ao disco de estreia da cantora e leva assinatura de Montorfano na produção musical

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Arte de divulgação do single
Arte de divulgação do single (single)

São Paulo - A cantora e compositora Luísa Gouvêa revelou “Carta ao Tempo”, primeiro single do disco homônimo e inédito dela que vem vindo aí. Já disponível nas principais plataformas digitais, a canção é um sopro de leveza e bossa aos nossos ouvidos, uma conversa sincera sobre o tempo e o que ele pode nos oferecer.

Com produção musical assinada por Montorfano, conhecido como o pianista "Chicão", nome de destaque da atual cena independente paulistana, “Carta ao Tempo” é o primeiro vislumbre de Luísa Gouvêa para os lançamentos que ela organiza para 2021. Atriz, ela vem atuando em diferentes projetos e peças, reservando este ano para abrir ainda mais caminhos dentro da música, sua outra grande paixão.

“Eu considero o disco como uma ‘Carta ao Tempo’ mesmo, um registro de mim, um hiato de vida, ou registro de nós em um período de tempo. Acho interessante isso da criação, não saber como ela vai chegar nas pessoas, se vai chegar, se vai fazer sentido, se vai contribuir. ‘Carta ao Tempo’ faz sentido nesse momento em que estamos, pode trazer um pouco de esperança, mobilidade, sol, espelhos. Acho que a música é um meio de escape, de reflexão, de abstração, de conexão com a nossa sensibilidade, nós precisamos disso”, reflete Luísa sobre a escolha desta faixa como primeiro single.

Os tons de Luísa

Luísa sempre flertou com a arte. Criada num ambiente repleto de música, teve na mãe e nos tios grandes influências responsáveis pelo seu envolvimento com a música. Na adolescência descobriu outra paixão, os estudos de temas como política e sociologia, que a fizeram ingressar numa graduação de Ciências Sociais. Também estudou anos a fio violão e clarinete, mantendo a música como uma aliada constante de seu crescimento e desenvolvimento intelectual.

O teatro apareceu como um caminho para a evolução de seu desempenho vocal e interpretativo, tornando-se anos depois em seu principal ofício. Aplicada, Luísa também se formou em Composição Avançada, pela EMESP Tom Jobim, sendo uma das duas mulheres alunas de uma turma de 15 pessoas no total.

“Eu fiz teatro quando criança e adolescente. Amava. Participei de festivais. Montei várias peças com amigos. Até organizamos um Festival de Teatro da escola em um ano. Mas isso tinha ficado um pouco pra trás. Mas quando eu voltei a estudar, me apaixonei de volta. Me envolvi totalmente. No segundo semestre eu tive certeza que o que eu queria era trabalhar com arte. Estar no palco, cantar, criar, contar histórias”, ela conta.

Ano novo, disco novo

Artista independente, Luísa também reflete sobre o momento atual e quais os significados de lançar um projeto totalmente inédito e autoral dentro de um contexto de completa paralisação do setor cultural.

“2020 foi um caos. Fiquei vários meses sem trabalhar, logo em Janeiro tive um problema de saúde e precisei parar um pouco, na sequência veio a pandemia e tudo estagnou. Acho que fiquei uns 6 meses sem trabalho nenhum. Os trabalhos na área de teatro e música pararam, tinha alguns projetos que estavam começando, mas ficamos nos reunindo por vídeo. Imagina ensaiar uma peça por Zoom? Foi bem difícil. Mas mesmo assim, não tem como não dizer, que isso nem se compara com como foi difícil o que o país como um todo viveu”, ela continua. “O número de mortes aumentando, o descaso do governo federal com o que estava acontecendo. É uma incógnita lançar um disco nesse contexto que estamos. Mas eu estou muito feliz com o resultado desse trabalho, com a música que resultou de todo esse movimento e espero que ela consiga reverberar de alguma forma”, vibra Luísa.

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