Dia da Internet Segura

Unicef e parceiros lançam canal de ajuda virtual em saúde mental

Iniciativa "Pode Falar" é voltada a adolescentes e jovens, com um canal de diálogo via internet, e funciona de forma anônima e gratuita

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Portal será lançado oficialmente durante live
Portal será lançado oficialmente durante live (portal Pode Falar)

Brasília - No Dia da Internet Segura, celebrado nesta terça-feira, 9, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lança um novo canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O Pode Falar foi criado em parceria com diversas organizações da sociedade civil e empresas com expertise na área, e funciona de forma anônima e gratuita por meio de um chatbot que pode ser acessado no site podefalar.org.br. Para marcar o dia, o Unicef promove uma live com o tema "Como a internet pode ser o seu lugar seguro para saúde mental", às 19h, em parceria com o TikTok.

A live será mediada pela Doutora Karen Scavacini com a participação da criadora de conteúdo Pequena Lo, psicóloga e humorista, da ativista e comunicadora indígena Alice Pataxó, e de Gabriela Mora, Oficial do Programa de Cidadania dos Adolescentes do Unicef no Brasil, que apresentará o canal Pode Falar.

"Com o longo período de distanciamento social, crianças e adolescentes aumentaram o seu tempo de exposição a telas, ampliando também a preocupação com a sua saúde física e emocional", afirma Henrietta H. Fore, diretora executiva do Unicef, em pronunciamento global sobre o Dia da Internet Segura.

No Brasil, em enquete realizada em setembro de 2020, com adolescentes principalmente entre 15 e 19 anos, o Unicef constatou que 72% dos respondentes sentiu necessidade de pedir ajuda em relação ao bem-estar físico e mental durante a quarentena. Entretanto, 41% não recorreu a ninguém. Além disso, 46% disse que estava mais pessimista do que antes da pandemia, e 80% disse haver tido sentimentos negativos nos últimos dias, como depressão, ansiedade e preocupação.

"Conforme a pandemia entra em seu segundo ano, a internet e a tecnologia continuarão a desempenhar um papel fundamental na vida de meninas e meninos. O Pode Falar surge como um espaço em que adolescentes e jovens podem informar sua demanda, de forma anônima, passar por uma triagem automatizada e ter uma resposta imediata, a depender da complexidade de sua questão, com indicação de materiais de apoio, informações e serviços," explica Gabriela Mora.

A iniciativa está dividida em três sessões principais. Na primeira sessão, "Quero me cuidar", os usuários que acessarem o canal poderão receber vídeos, guias e manuais com orientação para o autocuidado. A segunda sessão, "Quero me inspirar", permite participar de um processo colaborativo entre pares de dicas sobre como ficar bem; na terceira, "Quero falar", adolescentes podem receber atendimento humano de escuta qualificada, oferecido por organizações parceiras. O atendimento de escuta individual funciona em regime de plantão, em um processo simplificado de encaminhamento, conectado com as plataformas da instituição parceira responsável pelo atendimento. Para utilizar a ferramenta é necessário acessar o site podefalar.org.br e clicar em "Começar a falar."

O Pode falar foi idealizado pelo Unicef e implementado em parceria com ASEC (Associação pela Saúde Emocional das Crianças), Instituto Vita Alere, Instituto Syntese, Núcleo do Cuidado Humano da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), CVV (Centro de Valorização da Vida), Programa Vidas Preservadas, Ministério Público do Estado do Ceará, Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (APDMCE), além de contar com o apoio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da SaferNet. O sistema foi desenvolvido pela Ilhasoft e a identidade visual é da Agência Nativa.

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