Reunião

FIEMA apresenta a ministro contribuições da iniciativa privada ao Centro Espacial de Alcântara

Titular da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovações, o astronauta Marcos Pontes participou, em São Luís, da 5ª Reunião Ordinária da Comissão de Desenvolvimento Integrado para o CEA (CDI-CEA), na sede da entidade representativa da indústria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Ministro Marcos Pontes acompanha na mesa explanação sobre ações do setor privado em prol do Centro Espacial de Alcântara
Ministro Marcos Pontes acompanha na mesa explanação sobre ações do setor privado em prol do Centro Espacial de Alcântara (Centro Alcântara)

A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), por meio do seu grupo de trabalho “Pensar o Maranhão” e das principais entidades maranhenses, repassou ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o astronauta Marcos Pontes, nesta sexta-feira, em São Luís, as primeiras contribuições da iniciativa privada para o Programa de Desenvolvimento Integrado do Centro Espacial de Alcântara (PDI-CEA), para que sejam avaliadas e incorporadas aos estudos preliminares do programa, indicando o comprometimento dos setores empresariais maranhenses com o projeto.

A apresentação da FIEMA ocorreu durante a 5ª Reunião Ordinária da Comissão de Desenvolvimento Integrado para o CEA (CDI-CEA), realizada em São Luís, na sede da FIEMA, com a participação do ministro e comitiva do MCTI, dos membros do Grupo de Trabalho da FIEMA, “Pensar o Maranhão”, presencialmente, e dos membros do CDI-CEA virtualmente. Participaram do evento o anfitrião, Edilson Baldez das Neves, presidente da FIEMA, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, o prefeito de Alcântara, Padre William e o deputado federal, Aluísio Mendes, representando os parlamentares, além de autoridades, representantes de entidades empresariais e poder público.

Na reunião, foi deliberada pelo ministro a formação de grupos técnicos a fim de colaborar na construção do programa, para cada um dos eixos, coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), com a participação de várias entidades locais. “Esse grupo técnico será liderado e encabeçado pela FIEMA, trazendo todas as instituições locais, incluindo os municípios, também, universidades, de forma a se alinhar, utilizando o trabalho que já foi feito, mas se alinhar dentro do plano integrado como um todo”.

O ministro ainda sinalizou a condução de seminários virtuais para empresas de diversos setores, de forma a começar a atrair investimentos privados, atrair empresas a participarem do projeto. “Também foram apresentados os andamentos em relação à questão de mobilidade, de portos, de um lado e de outro, e também dos trabalhos na pista lá de Alcântara. E foi colocado como um destaque, a necessidade de acelerar a parte de educação, a formação de pessoal local, desde a educação básica, mas agora o foco principal é a formação técnica e de gestores, para empresas locais”. O ministro ainda ressaltou que o esforço será para utilizar mão de obra local nesse trabalho de infraestrutura, e o que estiver relacionado à construção civil.

A proposta do PDI-CEA é nortear a viabilização do centro espacial e os caminhos para atingir essa meta, via projetos e ações direcionadas ao desenvolvimento social, econômico e de infraestrutura da região.

“O Grupo de Trabalho da FIEMA “Pensar o Maranhão”, coordenado pelo diretor desta Federação Luiz Fernando Renner, tem seu olhar focado para desenvolver estratégias que possam inserir o nosso estado neste novo cenário econômico, dinamizando a nossa economia e gerando emprego e renda. Uma de suas abordagens é para o importante projeto aeroespacial brasileiro, que se consolidará em nosso território, na cidade de Alcântara”, destacou o presidente da FIEMA, Edilson Baldez.

Essas contribuições do empresariado e governos estadual e municipais (de São Luís e Alcântara), foram apresentadas ao ministro Marcos Pontes, com destaque ao item Plano Socioeconômico, um dos eixos estratégicos definidos pelo CDI-CEA no programa. As proposições inseridas pelo empresariado no PDI-CEA contemplam desde ações de capacitação técnica e qualificação profissional até o desenvolvimento da cadeia de serviços locais. Abrange ainda a necessidade de elaboração de um estudo específico quanto às características da comunidade alcantarense e da economia do município, tendo em vista sua incorporação à cadeia de valores do CEA.

“O objetivo é de enriquecer esse projeto para que o Maranhão e a cidade de Alcântara possam integrar-se ao seleto grupo de países com indústria aeroespacial. Será um plano de governo e não uma ação isolada. Esse segmento industrial é um pilar importante para qualquer país pelas suas próprias características, como altos salários, atividade fortemente intensiva em tecnologia e com forte propulsão de crescimento. O Centro Espacial de Alcântara será grande vetor de desenvolvimento regional e nacional”, destacou Baldez.

De acordo com o coordenador do GT da FIEMA “Pensar o Maranhão”, Luiz Fernando Renner, as contribuições expostas representam um primeiro passo no processo de incorporação do Maranhão na construção do PDI-CEA. Representam uma condensação de sugestão de inúmeras entidades. Outras deverão ser dadas para aprofundamento de informações e aproximação de interesses, tanto em relação ao setor público, quanto ao privado e às comunidades locais.

Contribuíram para o programa as entidades empresariais Associação Comercial do Maranhão (ACM-MA), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (FAEMA/SENAR), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Maranhão (SEBRAE-MA) e Sistema FIEMA (Federação, SESI, SENAI e IEL) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

PELA CIÊNCIA

Na oportunidade, por solicitação do Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente da FIEMA, Edilson Baldez, entregou ao ministro Marcos Pontes, na sede da FIEMA, um documento referente ao veto à proibição da alocação orçamentária dos valores provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), relacionado ao Projeto de Lei Complementar do Senado No.135, de 2020. O documento ressalta que os vetos atingiram o cerne das proposições para a retomada dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no país: a demanda pelo fim dos contingenciamentos de recursos do fundo. Aponta que o FNDCT representa a maior e mais importante fonte de apoio à CT&I no Brasil. Os recursos são utilizados para apoiar manutenção e aprimoramento da infraestrutura científica, a realização de pesquisa e a inovação nas empresas brasileiras.

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