Alto Astral

Rituais à Iemanjá são realizados à distância

Devido à pandemia, a festa religiosa, que costuma acontecer nas praias, ocorreu em terreiros, realizando fundamentos internos; poucos foram ao mar

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Na manhã de ontem, poucas pessoas levaram oferenda para a Iemanjá, na Praia do Olho d’Água
Na manhã de ontem, poucas pessoas levaram oferenda para a Iemanjá, na Praia do Olho d’Água (Iemanjá)

São Luís – O dia 2 de fevereiro é marcado pela celebração de um dos poderosos orixás do candomblé. Rainha das águas, Iemanjá ultrapassa, inclusive, barreiras entre muitas religiões, unindo muitos nas praias, em sua saudação.

Contudo, diferentemente de outros anos, em 2021 a pandemia não permitiu a tradicional comemoração que normalmente ocorre nas praias do Olho d’Água e Araçagi, acontecesse presencialmente. Desta vez, muitos optaram por realizarem apenas os fundamentos internos, dentro dos terreiros, e as casas que optaram pela entrega dos presentes, foram até a orla em horários alternados, no início da manhã e no fim da tarde, com poucas pessoas.

Em conversa com O Estado, a Yalorixá Jô Brandão explicou sobre o momento de entrega dos presentes para a mãe de todos os Orixás: “Para os povos de Axé do Brasil, vamos ao mar, levamos oferendas, balaio de Iemanjá, o presente das águas de Iemanjá, perfumes, flores, comidas que ela gosta, enfeites também por ser um orixá que gosta da beleza, do enfeite, da arrumação, do bonito, do belo, se leva presentes a Iemanjá para que ela se enfeite, seja sempre bonita, voluntariosa e muito elegante, se tratando de beleza do feminino”.

A Yalorixá também ressaltou sobre está sendo esse dia de celebração, diante da pandemia. “Todas essas oferendas são levadas com muito apreço pelo povo de Axé, com muita fé, com muita veneração, muita reza. A grande Mãe de todos os Orixás. Então, para nós do terreiro, não poder ir ao mar como sempre fazemos, dentro dos rituais, é um impacto muito grande, devido a uma pandemia. Mesmo que essa pandemia faça parte de uma naturalidade, porque as doenças também fazem parte do mundo e das regências dos orixás, ela faz grandes alterações na vida humana”.

SAIBA MAIS

Iemanjá é um orixá feminino (divindade africana) das religiões Candomblé e Umbanda. O seu nome tem origem nos termos do idioma Iorubá (língua nígero-congolesa) “Yèyé omo ejá”, que significam “Mãe cujos filhos são como peixes”. É considerada a mãe de todos os adultos e a mãe dos orixás. É uma divindade do rio que deságua no mar. Ela é filha de Olokun, o orixá rei dos oceanos. O rio que representa Iemanjá e sua história, é o Rio Ogun, localizado no estado de Oxum, na Nigéria.

Dia de Iemanjá

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