São Luís -
Entidades que representam hospitais privados e unidades de saúde de São Luís estão chamando a atenção do poder público municipal, estadual e federal para a necessidade de manter número adequado de leitos para Covid-19, de maneira a não sobrecarregar a demanda da rede privada de saúde.
No último dia 26 de janeiro, o Sindicato dos Estabelecimentos Prestadores de Serviços de Saúde em São Luís emitiu nota alertando para o fato de que, nesta época do ano, há sempre aumento do número de casos de doenças do trato respiratório, quadro este agravado com a pandemia da Covid-19, inclusive com a nova cepa em circulação no território nacional.
Segundo o sindicato, a situação exige intervenções rápidas, efetivas e constantes, especialmente das redes públicas, para a disponibilização de leitos clínicos e de UTI em prol da população maranhense, conforme as diretrizes do SUS para enfrentamento da pandemia.
O Sindicato, dessa maneira, pede que as autoridades competentes das três esferas tomem as providências cabíveis com vistas ao fortalecimento da rede pública de saúde, dando-se ênfase à abertura de novos leitos especializados, de maneira a evitar que haja uma sobrecarga da rede privada no atendimento à Covid19 e de outras enfermidades.
Alerta
O médico infectologista Eudes Simões Neto, da equipe do Hospital São Domingos, também deu um alerta. Ele pediu a atenção de todos para este momento, em que a segunda onda da Covid-19 é realidade no Maranhão e já está impactando os serviços, tanto públicos quanto privados.
Em uma correspondência interna, que vazou nas mídias sociais e foi amplamente divulgada, Eudes Neto diz que a previsão é que a sociedade viva momentos mais difíceis que na primeira onda, em termos de números de casos e de mortos. Entre os motivos para isso, ele elencou o fato de que todos estão cansados e sem a mesma disposição para aderir às medidas restritivas. Além disso, as novas variantes do vírus têm maior transmissibilidade e há, ainda, o fato de todos terem de lidar com a demanda da Covid-19 e das patologias agudas que não conseguem mais ser reprimidas.
Os casos da doença mobilizaram toda a estrutura de saúde municipal, estadual e federal. O Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) informou que, dos 39 pacientes vindos de Manaus desde o dia 15 de janeiro, dois vieram a óbito nos últimos dias.
Um homem de 70 anos, segundo a Assessoria de Imprensa do HU, faleceu na madrugada de ontem, 2, e outro paciente do sexo masculino de 81 anos faleceu no final da tarde de domingo, 31. A equipe psicossocial do hospital realiza acolhimento aos familiares. Até o momento, 27 já receberam alta hospitalar, um está na enfermaria de clínica médica, quatro estão na Enfermaria Covid, quatro estão na UTI Covid-19 e três faleceram.
A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de São Luís informou que, desde o mês de agosto do ano passado, o município desativou todos os leitos exclusivos para pacientes com Covid-19. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, em nota, que estão disponíveis 619 leitos de enfermaria e 291 leitos de UTI para atendimentos de pacientes com Covid-19. A ocupação de leitos de UTI estava em 63,91% e 33,27% em enfermaria na rede estadual de saúde.
A Secretaria ressaltou ainda que, com os investimentos realizados durante a pandemia, que permanecerão na rede estadual, a SES garantiu ampliação e cobertura de rede hospitalar, com leitos de UTIs, em todas as 19 Regiões de Saúde do Maranhão. A cobertura da rede hospitalar está presente em 100% das regiões. Para os próximos meses estão previstos também novas policlínicas e hospitais, estes na capital e no interior do estado.
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