O deputado estadual César Pires (PV) cobrou cautela e coerência do governador Flávio Dino (PCdoB) em decisões consideradas drásticas no enfrentamento da pandemia da Covid-19. O parlamentar lembrou do decreto baixado pelo chefe do Executivo no fim de semana que proibia a realização de festas de aniversário, casamentos e até batizados, mas que foi suspenso após forte pressão da sociedade.
Pires afirmou que é favorável às medidas que busquem diminuir as possibilidades de proliferação do vírus, mas alertou que é necessário também pensar nas pessoas.
O parlamentar afirmou que decisões açodadas tomadas pelo governador têm prejudicado a população, por isso a reação de vários setores da sociedade ao recente decreto.
“É preciso se compreender que, embora se tenha determinadas ações e eu aceito todas como preventivas para evitar a proliferação pandêmica. Por outro lado, nós não podemos sacrificar o povo. Recentemente nós vimos estudos que mostram que o pequeno empresário e o assalariado não recupera o seu status do ano de 2019 na próxima década. Ou seja, ele não consegue recuperar por conta de medidas como essa que o governador to-mou”, pontuou.
Fora de cena
César também criticou a postura de Dino na ocasião da suspensão dos efeitos do polêmico decreto. Para ele, Dino se ausentou para evitar desgaste à sua imagem. O anúncio de suspensão da medida, após forte pressão da população e dos empresários, foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.
“Ele involuiu na sua decisão e no momento de involuir para não passar para o campo da antipatia, colocou o seu secretário de Saúde para poder dar a notícia. O que eu quero dizer ao senhor Flávio Dino é que é preciso cautela para evitar decisões açodadas, como ele tem tomado", disse.
César Pires lembrou que o Maranhão já recebeu soma bilionária de recursos do Governo Federal para o enfrentamento da Covid, e mesmo assim, o anúncio midiático do Governo do Estado foi de aquisição de luvas e seringas.
“O Governo recebe toda uma ajuda federal, inclusive uma grandiosa soma de recursos e alardeia algo que eu não tenho o costume de ver: ‘comprei seringas e luvas’. Bom, seringas e luvas são interessantes, são, mas não devia ser colocado como pressuposto básico midiático como eu tenho visto. Deveria ter outro tipo de ação e aquela que ele ia fazer, recuou. E recuou porque não tem planejamento”, completou.
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