Consequências

Pandemia gera escassez de embalagens no MA

Segundo Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Seccional Maranhão, problema é uma realidade nacional

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Com falta de embalagens, cartaz avisa que será cobrada taxa-extra
Com falta de embalagens, cartaz avisa que será cobrada taxa-extra (falta de embalagens)

São Luís - A pandemia da Covid-19 provocou o desarranjo das cadeias produtivas em todo o Brasil e desencadeou escassez de insumos também no Maranhão. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Seccional Maranhão, Gustavo Araújo, tem faltado no mercado maranhense, por exemplo, embalagens de produtos, como é o caso daquelas feitas de papelão, para armazenar pizzas.

As embalagens estão em falta, porque houve baixa na fabricação desde o início da pandemia e, pelo fato de terem se esgotado mais rapidamente, haja vista que muita gente passou a recorrer às entregas “delivery”, em vez de frequentar os estabelecimentos, com medo de contrair o novo coronavírus.

Recentemente, um restaurante localizado na Avenida São Luís Rei de França, em São Luís, exibia um cartaz informando que as embalagens de pizza estavam em falta no mercado, razão pela qual seria cobrado o valor de R$ 3,50 pelo seu custo, valor este embutido no pedido “delivery”.

Gustavo Araújo disse que o problema é nacional, gerado, também, por uma questão de logística, estando diretamente relacionado a pandemia. “O que gerou colapso nas pizzarias de todo o Brasil. No nosso grupo de WhatsApp, quando sabemos do desembarque de embalagens em São Luís, rapidamente avisamos, pois sabemos que o problema é persistente, principalmente no Maranhão, onde a logística é ainda mais difícil. Somos os últimos a receber, ao lado do Piauí e do Pará”.

Alta de preços
O presidente da Abrasel/MA contou que a falta desses produtos no mercado local começou nos últimos 45 dias. “As pizzarias estão pagando um preço alto, pois os insumos subiram de preço, a exemplo do queijo. A pandemia prejudicou muitos proprietários de bares e restaurantes no Maranhão, e muitos tiveram de demitir funcionários ou fechar as portas”, contou.

Ele disse ainda que, no setor de alimentação, muitos migraram para o sistema “delivery”. “Dessa maneira, a chamada alimentação fora do lar passou a transbordar e o mercado ficou dividido”, analisou Gustavo Araújo.

Bares, restaurantes e afins reabriram as portas no dia 27 de junho do ano passado, após o lockdown. “Depois que reabrimos, nós tivemos uma pequena melhora, mas o cenário atual apresenta um déficit que varia de 30 a 40% do faturamento”, finalizou Gustavo Araújo.

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