Vacina

Governo, apesar de ter R$ 50 mi para a compra de vacinas, espera envio do MS

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, o planejamento é aguardar pelo Governo Federal para a aquisição de novas doses para o MA

Thiago Bastos/ Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, diz que obrigação de disponibilizar vacinas é do Governo Federal
Secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, diz que obrigação de disponibilizar vacinas é do Governo Federal (Carlos Lula)

O Governo do Maranhão reafirmou a O Estado que dispõe de R$ 50 milhões para a compra de vacinas para combater a Covid-19 com base nas orientações estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o Governo, os valores já estão reservados e, para serem usados, dependem das próximas ações do Ministério da Saúde (MS) e também da oferta de doses de vacinas no mercado internacional.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) não revelou o quantitativo possível de compra com este montante e tampouco quando as vacinas serão adquiridas. O Estado apurou com interlocutores próximos do governador do Estado, Flávio Dino (PCdoB) que existiriam negociações com países, como China, Inglaterra e Estados Unidos para a aquisição de doses.

Procurado, o secretário titular da SES, Carlos Lula, disse que o procedimento administrativo somente será feito caso o Governo Federal descumpra com o que chamou de “obrigação” de fornecimento de doses de vacinas. “Serão usados [R$ 50 milhões] se conseguirmos fazer a aquisição. A obrigação é do Ministério [da Saúde]”, explicou ele.

Conforme preconiza o Sistema Único de Saúde (SUS), cabe ao ente federal a condução das medidas de proteção sanitária durante a pandemia, bem como ser responsável pela aquisição das vacinas. No entanto, em dezembro do ano passado, uma decisão em caráter liminar do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, concedeu autorização para que entes da federação importem e distribuam vacinas “em caráter emergencial” por conta própria.

Indireta

Em seu Twitter na segunda-feira, 26, o governador Flávio Dino afirmou indiretamente que o Maranhão não foi consultado sobre a negociação, vetada pelo Governo Federal, entre a União e a Pfizer, para a distribuição de lotes. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) poderia “ao menos ter oferecido aos estados, e não simplesmente descartar”, conforme atestaria um documento revelado pela CNN Brasil no início desta semana.

De acordo com a plataforma “Coronavírus Brasil”, no Twitter, o Maranhão vacinou 31.953 pessoas desde o dia 18 deste mês. No total, o Estado recebeu - no mesmo dia, 146 mil doses da vacina CoronaVac enviadas pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Butantan. No domingo, 24, outras 485, mil doses da vacina AstraZeneca foram recebidas. No dia seguinte, 25, mais 20,5 mil doses da Coronavac se juntaram ao estoque estadual.

Mais

Aposta

Em entrevista a um canal local, o governador disse que o Maranhão permanecerá apostando nas vacinas para a resolução da pandemia. Ele não descartou a implantação de medidas mais duras para conter o vírus. “Se for feito, será executado em comum acordo com empresários e população, assim como ocorreu no ano passado”, disse.

O gestor disse ainda que somente fora possível conter a pandemia no território maranhense graças à expansão de leitos. Dino não foi questionado sobre o aumento de 34% para 81% de ocupação de leitos de UTI na Grande Ilha, em um mês.

SES quer providências para evitar aglomerações em SL

A Secretaria Estadual da Saúde encaminhou ofício à Secretaria Municipal de São Luís requerendo providências urgentes acerca de “aglomerações” no Centro de Vacinação da capital. Segundo o documento, como a aplicação das doses cabe aos municípios, a Prefeitura deve executar medidas para evitar a concentração de pessoas.

Antes do governo estadual, o deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos) criticou a Prefeitura de São Luís pela aglomeração de pessoas no centro de vacinação. “

Ontem, o secretário titular da capital, Joel Nunes Júnior, e o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, reuniram-se na sede da Prefeitura para tratar deste e de outros temas. Questionado, o gestor municipal disse que medidas serão tomadas, no entanto, não revelou quais.

Outro tema do encontro foi a possibilidade de ampliação do público-alvo da campanha. Segundo O Estado apurou, os idosos serão o próximo público contemplado. Em média, o Centro de Vacinação está atendendo, das 8h às 17h, no Cohafuma, entre 3 e 4 mil pessoas por dia.

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