Estado Maior

Antes tarde do que nunca...

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

O Ministério Público Estadual reuniu representantes do governo estadual, Defensoria Pública, Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) e
empresários do setor de entretenimento e serviços. A ideia é buscar protocolos que evitem aglomerações em bares, restaurantes, eventos como casamentos, aniversário.

Ficou acertado que os empresários apresentariam sugestões - baseadas nas regras sanitárias - que possam garantir o funcionamento das casas de eventos, dos bares e restaurantes e assim garantir que o segmento econômico não acumule mais prejuízos.

A iniciativa é muito válida. No entanto, não há como deixar de questioná-la porque somente agora o MP e demais órgãos públicos decidiram se manifestar e buscar desoluções para evitar que a contaminação pela Covid-19 volte a crescer.

Há menos de quatro meses, estes mesmos órgãos poderiam ter reunido partidos políticos e candidatos para discutir a realização da campanha eleitoral. Mas não o fez.

O governo jogou para a Justiça Eleitoral, que devolveu a bola e que logo foi repassada ao Ministério Público que confessou, na época, não ter como fiscalizar porque seria algo a ser feito pela Vigilância Sanitária, que nunca fiscalizou.

No fim de tudo, nas eleições nada foi feito para evitar aglomerações. No Carnaval há o sentimento para que não se repita o que ocorreu na campanha eleitoral.

Antes tarde do que nunca.

As consequências
Mas vale lembrar que as consequências da não fiscalização de aglomeração na campanha eleitoral de 2020 existem.

Mais pessoas contaminadas e entre elas, três candidatos à Prefeitura de São Luís e uma candidata a vice.

E a maior das consequências que é o descrédito dos órgãos públicos para exigir cumprimento de normas sanitárias.

Compras
Apesar de abrir a possibilidade de compra, de forma autônoma de doses, o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, ratificou a posição do governo local de que a obrigação para a compra da vacina contra o coronavírus é do Governo Federal.

No entanto, o gestor não explicou em detalhes sobre o porquê do estado, por exemplo, não adquirir doses em conjunto com a União.

Segundo Lula, a compra pelo Maranhão depende do desenrolar das negociações com o mercado internacional.

Providências
A relação entre Estado e Prefeitura de São Luís durante a vacinação, que estava enfrentando abalos, ganhou novo capítulo com medida recente do governo maranhense.

A Secretaria Estadual encaminhou ofício à pasta municipal requerendo providências para o que chamou de “aglomerações” no Centro de Vacinação.

Apesar da cobrança, justa por sinal, a SES não ofereceu nenhuma solução ao Município, o que não condiz com os preceitos de colaboração mútua.

Nada bom
Desde o começo da pandemia, os secretários Carlos Lula (Estado) e Joel Nunes Júnior (São Luís) da saúde mantém relação apenas protocolar.

Não foram poucas às vezes em que Lula deixou Nunes Júnior esperando “por um bom tempo” acerca de informações da campanha.

O clima ficou ainda mais conturbado com a “demora” na liberação pelo Estado das vacinas AstraZeneca, que chegaram ao Maranhão no domingo, 24, e somente foram repassados ao Município na terça-feira, 26.

Não seguiu
Pelo jeito, a Prefeitura não seguiu as recomendações do Governo e no início da noite de ontem em suas redes sociais anunciou a ampliação do público-alvo da campanha de vacinação de combate à Covid-19.

A partir de hoje, profissionais de 35 a 39 anos serão vacinados. O público será contemplado até a próxima segunda-feira, 1º, e seguirá o mês de nascimento do (a) funcionário (a) em tabela estabelecida.

Ainda sobre a recomendação da SES, até o fechamento da coluna, o Município ainda não havia sido notificado.

DE OLHO

3,7 milhões é a quantidade de doses de vacinas contra a Covid-19 que o Maranhão precisa para imunizar os três grupos prioritários. Chegaram somente 232 mil doses.

Todos querem
Há um movimento interno no PT do Maranhão em busca de espaços no governo estadual.

Pelo acordo entre os petistas e o PCdoB, o PT tem vaga garantida na equipe de Flávio Dino.

Acontece que tem mais petistas querendo o espaço do que vaga na equipe do governador.

E MAIS
• Mas pelo acordo de 2020, o nome do PT a compor a equipe de Flávio Dino é o ex-vereador e presidente municipal do partido, Honorato Fernandes.

• O governador ainda não disse qual será o espaço a ser ocupado por Fernandes. A direção nacional do PT aguarda pelo cumprimento do acordo.

• Se levar em consideração a data prevista para a conclusão da reforma administrativa, Dino terá até o fim desta semana para cumprir o acordo com os petistas.
Mas isto, se Márcio Jerry deixar também.

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