Investigação

Exames periciais constatam que menino de 12 anos não se matou

Vítima foi encontrada morta com marcas de tiro na cabeça, deitada no sofá de sua residência, no município de São José de Ribamar; havia a hipótese de ter ocorrido um suicídio em tiro acidental

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Isolamento no local onde morreu a criança de 12 anos
Isolamento no local onde morreu a criança de 12 anos (garoto Ribamar)

São Luís - Os exames periciais realizados pelo Instituto de Criminalística (Icrim) constataram que João Pedro Moraes de Lima, de 12 anos, não cometeu suicídio. A arma utilizada no crime ainda ontem não tinha sido entregue para a Polícia Técnica. Segundo a polícia, a criança foi encontrada morta com um tiro na cabeça, deitada no sofá da sala de sua residência, no bairro Moropoia, em São José de Ribamar, no dia 13 de outubro do ano passado.

O perito do Icrim, Jocélio Castro, disse que esteve no local do crime e, de imediato, achou estranho o fato ter sido caracterizado como tiro acidental, em virtude da localização da lesão na vítima. Após exames periciais, ficou comprovado que a vítima, pelo fato de ser destra, não poderia ter efetuado um tiro na parte superior da sua cabeça, da esquerda para a direita.

Ele ainda informou que a cena do crime havia sido alterada, inclusive, o corpo da vítima tinha sido manipulado e a porta dos fundos da casa da vítima tinha sinais de arrombamento. “O local do crime foi alterado e isso de uma certa forma prejudica o trabalho da perícia”, frisou o perito.

Jocélio Castro afirmou que, até ontem, a arma utilizada no crime não foi entregue ao Icrim, no Bacanga, e o caso está sendo investigado pela delegacia de São José de Ribamar. “Entregaram uma arma de fogo, mas, por meio do exame pericial de comparação balística, ficou comprovado que não tinha sido a arma utilizada no crime”, explicou o perito.

Nova audiência
A Justiça vai realizar mais uma audiência de instrução para decidir se Geraldo Abade de Sousa, Maycon Douglas Rodrigues de Sousa e Jefferson Santos Serpa vão a júri popular. Ontem ocorreu a primeira audiência, no fórum do Calhau. Eles estão presos acusados do assassinato da empresária Graça Maria Pereira de Oliveira, de 58 anos; e da filha dela, Talita de Oliveira Frizeiro, de 27 anos.

Elas foram torturadas e os corpos encontrados amarrados, no dia 7 de junho do ano passado, dentro de um veículo na residência delas, no bairro Quintas do Calhau. A audiência de instrução está sendo presidida pelo juiz titular auxiliar da 4ª Vara do Tribunal do Júri, Francisco Ferreira Lima, e tendo como representante do Ministério Público, o promotor de Justiça Valdenir Cavalcante Lima. A polícia informou que o crime foi caracterizado como feminicídio e motivado por divisão de bens móveis.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.