Vacinação

Rodrigo Maia acusa Pazuello de crime e diz que populismo de Jair Bolsonaro é "vírus"

CNN Brasil divulgou carta da Pfizer, enviada ao Brasil ainda no mês de setembro, com apelo para que país fechasse acordo para a compra da vacina

Agência Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
(rodrigo Maia)

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse não ter dúvidas de que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cometeu crime ao conduzir a pasta durante a pandemia da Covid-19 no País.

"Pelo menos o ministro da Saúde já cometeu crime, eu não tenho dúvida. A irresponsabilidade dele [ao falar] de tratamento precoce, a irresponsabilidade de não ter respondido a Pfizer, a irresponsabilidade de não ter, como ministro da Saúde, se aliado ao Instituto Butantan para acelerar a produção daquela vacina, e não apenas a vacina da Fiocruz. Tudo isso caracteriza crime e a PGR (Procuradoria-Geral da República) está investigando", disse Maia nesta segunda-feira, 25, na Câmara dos Deputados.

A CNN Brasil divulgou na sexta-feira, 22, uma carta da Pfizer, enviada aoBrasil ainda em setembro, com apelo para que o país fechasse acordo para a compra da vacina da farmacêutica contra a Covid-19 com celeridade, uma vez que havia alta demanda mundial. O Ministério da Saúde confirmou o conteúdo da correspondência no sábado, 23. Para Maia, se a pasta não respondeu à carta, isso configuraria crime.

O presidente da Câmara ponderou, no entanto, que é necessário fazer uma investigação, inclusive para apurar qual é a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro nessa questão. Ele disse ainda que essa atitude comprometeu também o crescimento do País.

"Os crimes precisam ser investigados, por isso, defendo uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)", disse. "Pela incompetência e irresponsabilidade, no mínimo, do ministro da Saúde, não vamos ter crescimento de 7%, 8%, mas de 3%. Se o ministro da Saúde não respondeu a Pfizer, é crime. Não sei o termo técnico porque não sou advogado, mas para mim é crime."

Maia também comparou o presidente da República Jair Bolsonaro a um vírus. "Temos uma pandemia de coronavírus e temos outro vírus que circula pelo Brasil, e pelo mundo, que cega muito as pessoas em relação a esse nacional populismo, que teve a primeira derrota com (Donald) Trump", disse Maia. "Todos os que se aproximam desse vírus, do nacional populismo, representado pelo presidente da República, acabam contaminados".

Maia se referiu também a ataques disparados pelo candidato à sucessão na Casa, Arthur Lira (PP-AL), na internet. "A minha impressão, hoje ele diz que vai adotar nesta semana outro estilo, vai sair do estilo mais agressivo para um estilo mais light. Eu imagino que ele deva ter recuperado a senha dele. Como esse vírus circula muito, no momento da agressão ele deve ter transferido a senha das redes sociais dele para o Carlos Bolsonaro e o gabinete do ódio", disse.

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