Furando Fila

Denúncias de casos de "fura-fila" começam a ser registradas em SL

Conforme o MPMA, denúncias começaram a ser registradas na segunda-feira, 25, e estão sendo apuradas pela Procuradoria de Justiça; capital maranhense já vacinou cerca de 9 mil pessoas de grupos prioritários

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Na central de vacinação, é feita a triagem para imunização de profissionais de saúde
Na central de vacinação, é feita a triagem para imunização de profissionais de saúde

São Luís – O Ministério Público do Maranhão (MPMA) está acompanhando denúncias de casos de “fura-fila”, tanto em são Luís quanto no interior do estado. De acordo com o MPMA, as denúncias sobre pessoas fora dos grupos prioritários, porém que estariam recebendo a imunização, começaram a ser registradas na Ouvidoria somente nesta segunda-feira, 25. Os casos estão sendo apurados pelo MPMA.

Após o recebimento das demandas, a Assessoria Jurídica da Ouvidoria realizou uma primeira triagem, e encaminhou as denúncias às promotorias responsáveis. De acordo com o MPMA, no caso de possíveis “fura-filas”, as denúncias estão sendo repassadas às Promotorias de Justiça que atuam na defesa da probidade administrativa. Caso a denúncia seja comprovada, o MPMA explica que poderá ser resultado em sanções aos que furaram a fila de vacinação e também àqueles que facilitaram e inseriram a pessoa irregularmente na fila.

“Precisamos exercitar a cidadania e isso passa pela garantia de direitos e pelo respeito às normas. Todos deverão ser imunizados, mas precisamos garantir que aqueles que estão mais expostos, como os profissionais da linha de frente da saúde, e aqueles que sofrem com as formas mais graves da doença, como os idosos, sejam priorizados”, explicou o procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau, que enfatizou a necessidade da participação da população para garantir o direito à vacinação de todos de forma correta.

O Ministério Público ainda disponibilizou canais para realização de denúncias em relação a vacinação contra a Covid-19. Qualquer pessoa pode denunciar ações irregulares, por meio da Ouvidoria do órgão ou diretamente às promotorias de Justiça, em todo o estado.

No caso da Ouvidoria, os canais de atendimento são pessoalmente, na sede da Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Maranhão (Avenida Professor Carlos Cunha, 3261, Calhau, São Luís, Maranhão, CEP. 65076.820); por correspondência, enviada à sede da instituição; e pelos telefones 0800 098 1600, 127, (98) 3219-1769, 3219-1767 e 3219-1738.

Também é possível entrar em contato com a Ouvidoria, por meio das redes sociais WhatsApp: (98) 99137-1298; Facebook: facebook.com/pg/ouvidoriampma; Instagram: ouvidoriampma; Twitter: ouvidoriampma; pelo site https://ouvidoria.mpma.mp.br/; e-mail: ouvidoria@mpma.mp.br; ou pelo app MPMA Cidadão.

Imunização em São Luís
A capital maranhense já vacinou cerca de 9 mil pessoas do grupo prioritário, entre profissionais de saúde acima dos 60 anos, profissionais de saúde que estão nos setores de urgência e emergência em unidades que atuam no combate à Covid-19 e pessoas idosas em instituições (asilos) consideradas de risco.

Nesta segunda-feira, 25, um novo grupo começou a receber imunização, os profissionais de saúde entre 40 a 59 anos de idade, fazendo com que São Luís atinja 70% das aplicações de doses da CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan. No total, serão vacinadas nesta primeira etapa, pela vacina produzida em São Paulo, 13 mil pessoas, contando com a segunda dose.

No último domingo, 24, chegou ao Maranhão as doses da vacina AstraZeneca, produzidas na Índia. De acordo com o Secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, elas serão repassadas para os municípios ao atingirem 70% das aplicações da CoronaVac. Conforme a Secretária Municipal de Saúde de São Luís (Semus), preliminarmente serão 14 mil doses destinadas para a capital.

A Semus também informou que, assim que as doses forem repassadas para o Município, a aplicação deverá ocorrer de forma imediata, conforme os públicos indicados pelo Plano Municipal de Vacinação.

[e-s001]Aumento de casos na Grande Ilha
Em entrevista à imprensa, ontem, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, chamou atenção para aumento de casos entre jovens de 24 a 34 anos na Ilha de São Luís. De acordo com boletim epidemiológico do último domingo, 24, 73,33% dos leitos de enfermaria da região metropolitana estavam ocupados, enquanto nos leitos de UTI, a ocupação é de 81,08%.

Em conversa com O Estado, o epidemiologista Antônio Augusto Moura da Silva alertou para o risco de aumento de casos, mesmo durante a imunização. “Para proteger a população, precisamos vacinar cerca de 60% a 70% das pessoas. Isso só deve ocorrer no Brasil no fim deste ano ou começo de 2022. Mesmos vacinados, precisamos continuar tomando as medidas individuais de proteção: usar máscaras, manter distanciamento físico de 1,5 metro, evitar aglomerações e ambientes fechados sem ventilação natural e realizar higiene das mãos”, explicou o epidemiologista.

SAIBA MAIS

Como será a imunização pelas duas vacinas

Para evitar que uma pessoa que tomou a primeira dose de uma vacina tome a segunda dose adequada, foi disponibilizado cartões de vacinação em que é informado a data de aplicação e qual o laboratório foi produzido.

Cada vacina tem um espaço específico de tempo entre cada dose. Aqueles que se vacinaram com a CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, terá a segunda dose aplicada 21 dias após a primeira dose; já a AstraZeneca exige a segunda aplicação somente 90 dias após a primeira dosagem.

E se eu perder meu cartão de vacinação?

Os cartões de vacinação também auxiliam a evitar o furo em filas de imunização, além de especificar a qual grupo aquela pessoa pertence, quando deve retomar para a segunda aplicação e qual marca de vacina deve tomar.

A Semus explica que o ideal é que cada pessoa mantenha seu cartão até a aplicação da segunda dose, mas em caso de perda, a pessoa informar seu CPF durante a triagem para o acesso ao sistema ligado ao Ministério da Saúde, em que há o registro daqueles que já receberam a primeira dose da imunização.

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