O Brasil corre o risco de colher negativamente, agora, o resultado dos ataques ao governo chinês feitos ao longo dos últimos dois anos pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e enfrentar dificuldades na importação de insumos para a produção de vacinas no Brasil, tanto pela Fiocruz como pelo Instituto Butantan.
A avaliação é de assessores do presidente Jair Bolsonaro, preocupados com o risco de as importações dos insumos demorarem para ser liberadas, o que provocaria uma falta de vacinas para o Programa Nacional de Imunização.
Diante disto, deputados usaram suas redes sociais para comentar o atraso no envio de insumos da China para produção de vacinas contra a Covid-19 no país.
Reunião
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou uma reunião hoje, com Yang Wanming, embaixador da China em Brasília, para discutir o envio de doses e de insumos para a produção de imunizantes.
O líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), afirmou que "na falta de um presidente e por causa de um chanceler atrapalhado, incompetente e ofensivo", o presidente da Câmara tentará "explicar que o Brasil, ao contrário do governo Bolsonaro, respeita a China e deseja a vacina".
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) ironizou o slogan do governo federal dizendo: "Brasil acima de tudo', mas os desastres diplomáticos colocam o Brasil no fim da fila pelas vacinas". Valente também afirmou que o governo Bolsonaro "acabou com o BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) quando mais precisamos".
Natália Bonavides (PT-RN) classificou os ataques da família Bolsonaro ao governo chinês como "desastrosos em todos os sentidos" e "antidiplomacia negacionista". A deputada também destaca o trabalho dos governadores que, segundo ela, "correm em busca de vacinas e insumos para conter a pandemia". "Lutar pela vida é terminar com esse desgoverno!", conclui Bonavides.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que os atritos diplomáticos entre os países foram causados "pela família Bolsonaro e seu chanceler terraplanista". Kokay classificou os ataques como "ideológicos e estúpidos". "Destruíram nossa política externa altiva e ativa e fizeram do Brasil pária internacional", completou.
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