Réu

Moto Club é julgado por falsificação e pode ser rebaixado

O "Caso Gleydisson" está marcado para esta terça-feira no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MA)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
O Moto Club volta a ser julgado no TJD-MA pelo "Caso Gleydisson"
O Moto Club volta a ser julgado no TJD-MA pelo "Caso Gleydisson" (TJD-MA)

São Luís - A novela "Caso Gleydisson" está perto do seu desfecho. O julgamento no qual o Moto Club pode perder pontos e ficar fora do Campeonato Maranhense de 2021 e de outras competições acontecerá nesta terça-feira, 19, no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MA).

Em 2020, com o Campeonato Maranhense em andamento, o Moto Club foi denunciado pelo Imperatriz por suposta infração disciplinar, em que o clube teria adulterado ou falsificado a assinatura do atacante Glaydisson Santos na assinatura do contrato.

De acordo com a acusação do Imperatriz à Procuradoria do TJD (MA), “Glaydisson não estava em São Luís e, para não perder o prazo de inscrição, o Moto Club deu um jeito de arranjar outra pessoa para assinar o contrato”.

Resposta
A diretoria do Moto Club e Glaydisson Santos negam que a assinatura no contrato seja falsa e não acreditam que o clube será punido.

“Foi o jogador que assinou. Ele chegou dia 1º em São Luís e demos entrada no contrato dia 5. Qual o objetivo de falsificar um jogador reserva? A ‘maldade’ do processo foi pegar uma identidade dele de 2016 e comparar com a assinatura de 2020. Sendo que ele perdeu essa identidade em 2019, a assinatura do contrato foi em 2020 quando ele chegou aqui. Agora o cara é jogador de futebol assina documentos uma ou duas vezes por ano, claro que dá diferença, imagina ele assinando no meio do treino? O auditor na audiência comparou as 3 assinaturas e até brincou, você falsificou as 3 assinaturas?”, ironizou o presidente do Moto Club, Nathanael Jr.

Para ajuizar a ação no TJD, o Imperatriz se baseou no Regulamento de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do próprio Campeonato Maranhense, que preveem que "o contrato especial de trabalho esportivo deve ser assinado, obrigatoriamente, de próprio punho pelo atleta, ou por assinatura digital, eletrônica ou biométrica".

Punição

Durante o curso do processo, o Imperatriz apresentou fac-simile da assinatura do documento de identidade (RG) do atleta e da assinatura expressa no contrato, pedindo uma perícia grafotécnica. No ano passado, o TJD (MA) suspendeu o julgamento até que a análise fosse feita.

Com o tema pendente e recesso, o julgamento voltou à pauta em 2021. A Federação Maranhense de Futebol (FMF) não informou se a perícia foi concluída, mas tudo leva a crer que sim. O julgamento estava agendado para a última sexta-feira e foi transferido para esta terça-feira.

Se o Moto Club for condenado com a perda de pontos pode ser rebaixado e perder a condição de vice-campeão do Estadual, ficando da Série D do Campeonato Brasileiro 2021, da Copa do Brasil 2021 e da Copa do Nordeste 2021. E o beneficiado será o próprio Imperatriz.

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