Imunização

Com vacina garantida, grupo de risco aguarda ansioso por imunização

Primeiras doses foram aplicadas nesta terça-feira, 19; de início, são 18 mil doses do imunizante Coronavac, produzido pelo Instituto Butantan

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Secretário municipal de Saúde, Joel Nunes, esteve no Multicenter, onde funcionará central de vacinação
Secretário municipal de Saúde, Joel Nunes, esteve no Multicenter, onde funcionará central de vacinação

São Luís – As primeiras doses da vacina contra o coronavírus, Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, estão garantidas em São Luís e, segundo cronograma do Ministério da Saúde, chegaram na noite desta segunda-feira, 18 à capital. Houve divergência de informações entre o Ministério da Saúde e a Secretária Municipal de Saúde (Semus), na manhã de ontem, 18, e o ministro Eduardo Pazuello, anunciou que vacinação poderia se iniciar no mesmo dia da chegada das doses. No Multicenter Sebrae, onde funcionará a central de vacinação de São Luís, que começou a ser montada ontem, o secretário municipal de Saúde, Joel Nunes garantiu que a data para o início do plano de vacinação é nesta quarta-feira, 20, conforme já anunciado Na noite de ontem, logo após a chagada das vacinas, o governador Flávio Dino fez abertura simbólica da campanha de vacinação, no Palacio dos Leões, imunizando profissionais de saúde da rede estadual e indígenas.

O secretario Joel Nunes ressaltou que o número de doses que estavam vindo para o Maranhão era menor do que o esperado. “Aqui [no Multicenter], já começamos a fazer a parte de limpeza, de estruturação interna. A gente nem vai conseguir usar o espaço todo, porque, infelizmente, a quantidade de doses que vem para a gente é ainda menor do que se esperava. Estávamos aguardando, pelo menos, 48 mil doses para este primeiro momento, mas a gente vai iniciar pelos profissionais da saúde que estão na linha de frente”, frisou.

Vacinar
Com a previsão de início da vacinação em São Luís para amanhã, 20, e a expectativa de idosos e profissionais da saúde – que tomarão o imunizante na primeira fase do plano municipal de vacinação, O Estado foi às ruas para conferir a opinião de quem vai receber a dose da vacina a partir desta quarta-feira.

[e-s001]Alfredo Carneiro, 71, é taxista e faz parte do grupo de risco da Covid-19, já que possui mais de 60 anos, e está ansioso para receber a vacina. “Vou tomar e todo mundo lá de casa”, afirmou. Ele afirmou que não teve Covid-19, assim como ninguém na sua casa, segundo ele, porque sua família todos levaram o isolamento social a sério. “Acredito no potencial da vacina. Tudo que é feito, é para o bem, e a gente está vendo os estudos de alguém que se interessou”, disse.

Já o carpinteiro, Oton Everton, 60, não está tão confiante na vacina, mas confessa que se for necessário, vai tomar. “Se precisar a gente toma, eu já estou idoso”, destacou e disse nunca ter tido a Covid-19. “Eu me previno demais, uso a máscara direto e o álcool em gel”, complementou.

[e-s001]Fora do grupo de risco
Tem muita gente que está na expectativa para receber o imunizante contra a Covid-19, mas não faz parte de nenhum grupo de risco, é o caso da advogada Lorena Pereira, 23, que vai precisar esperar um pouco mais para se vacinar. A sua expectativa no momento é que todo mundo se vacine, enquanto ela aguarda sua vez. “Não faço parte de nenhum grupo, nem trabalho com a área da saúde”, reforçou a advogada.

O personal trainer, Cosme da Silva, 51, disse ser totalmente a favor da vacinação. “Até porque, sou profissional de educação física e trabalho com um grupo de pessoas, então necessito que as pessoas sejam logo vacinadas, mas no meu caso não, já que não estou inserido no grupo de risco”, afirmou.

Ele também frisou acreditar no potencial das vacinas, pois é algo que está sendo feito por profissionais especializados. “Agora eu acho que o maior problema disso tudo é a questão política”, ressaltou.

[e-s001]Politização da vacina
“Sem sombra de dúvidas, eu não sou contra nenhuma, eu quero é tomar, quero que venha uma solução”, assim começou o aposentado Francisco Lima, 63. Segundo ele, o negacionismo acabou atrasando a chegada das vacinas para o Brasil, e consequentemente para o Maranhão.

“Isso atrasa muito, até a maneira que o país tem que administrar o combate ao coronavírus. Tem gente que acredita em todo tipo de história, todo tipo de conversa, mas eu não, a primeira que chegar, a primeira que tiver, eu tomo” disse o aposentado.

De fato, o número de pessoas que agora acreditam menos no potencial das vacinas cresceu, um bom exemplo, é o desprezo que grande parte da população tem com o imunizante Coronavac, apenas por ele ser originário da China, epicentro da pandemia. Porém, é importante frisar que a vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e cumpriu os requisitos para compôr o time de vacinas do Sistema Único de Saúde (SUS).

SAIBA MAIS

Plano de vacinação São Luís

A primeira fase da campanha deve durar sete semanas e contempla 37 mil profissionais de saúde e 143 idosos acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência, como asilos.

A segunda fase da vacinação contemplará idosos em geral acima de 60 anos, que contempla quase 80 mil pessoas em São Luís. Neste grupo, os idosos que tiverem mobilidade reduzida ou estiverem acamados serão vacinados em casa.

A terceira fase contemplará pessoas que apresentem alguma comorbidade. Os portadores de comorbidades que estiverem acamados também serão vacinados em casa. Nas etapas seguintes serão imunizados: profissionais da educação, pessoas com deficiência permanente severa e não severa, membros das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema de privação de liberdade, trabalhadores do transporte coletivo, aéreo e de carga, população privada de liberdade, população em situação de rua.

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