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Covid-19: vacinação trará normalidade imediata à rotina das pessoas?

Especialista alerta para a importância de manter protocolos de segurança mesmo após imunização

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
(vacina / vacinação / covid-19)

São Paulo - Muito se ouviu sobre o novo normal durante o auge da pandemia e, com a expectativa de início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, muitos estão ansiosos para retornar à rotina antes da existência do vírus. Infelizmente, isso não deve acontecer tão cedo, pelos motivos elencados a seguir.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas são essenciais para o combate de doenças fatais, pois elas impedem, por ano, a morte de cerca de 2 a 5 milhões de pessoas no mundo.

Embora o imunizante contra a Covid-19 seja motivo de celebração, ainda será necessário continuar com os cuidados básicos por um tempo. “A expectativa é de que a vacinação vai reduzir o número de pessoas doentes e, portanto, a disseminação do vírus. Porém, acreditamos que ele vai continuar circulando”, explica a Dra. Beatriz Quental, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Conforme previsão da OMS, para que haja a controle da transmissão do vírus, estima-se que é preciso imunizar entre 65% e 70% da população mundial.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a imunização irá ocorrer em quatro etapas e em duas doses, tendo como prioridade a vacinação de profissionais de saúde, idosos, pessoas com comorbidades e indígenas, durante todo o ano de 2021.

“Os estudos realizados até agora mostraram melhor eficácia de determinadas vacinas com duas doses. Por isso, é importante seguir a indicação de receber as das doses, quando indicadas.”, destaca a Dra. Beatriz.

Para a maioria dos imunizantes, a vacinação deverá ocorrer em intervalo médio de 20 dias entre uma dose e outra.

Efeitos da vacina
Já em relação aos efeitos que a vacina pode proporcionar, a especialista afirma ser possível que imunizantes causem reações. “A maioria das reações observadas nos estudos realizados com as vacinas foram leves a moderadas. É importante ressaltar que, para liberação, todas as vacinas passam por estudos criteriosos, e os estudos realizados até agora mostram que as vacinas em teste são seguras.”, explica.

Alguns dos efeitos mais comuns, de acordo com a infectologista, são fadiga, febre e dor de cabeça, além de vermelhidão ou inchaço ao redor do local de aplicação.

Cuidados
Por fim, segundo a médica, mesmo com o início da imunização da população, o vírus ainda poderá ser transmitido àqueles que ainda não foram vacinados.

“Nenhuma vacina tem 100% de eficácia. Por isso, é imprescindível manter o uso da máscara, higiene de mãos e distanciamento social, que são as principais medidas para impedir a disseminação do vírus. Estas medidas serão ainda necessárias por um certo período de tempo”, finaliza.

A infectologista recomenda seguir com os cuidados básicos:

  • Higienizar as mãos frequentemente, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%;
  • Ao tossir ou espirrar, cobrir nariz e boca com lenço ou com a parte interna do cotovelo;
  • Manter distância mínima de um metro e meio entre pessoas em lugares públicos e de convívio social;
  • Higienizar objetos utilizados com frequência;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Manter os ambientes limpos e bem ventilados;
  • Se estiver doente, evitar contato próximo com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos;
  • Utilizar máscara em todos os ambientes.

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