Opinião

Os últimos dias de Trump

Benedito Buzar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

A imprensa mundial, desde semana passada, só comenta um assunto: o gesto insano do presidente dos Estados Unidos, Donaldo Trump, que, como o seu imitador brasileiro, o estabanado Jair Bolsonaro, mobilizou fanáticos seguidores para macular a democracia americana, uma das mais sólidas e importantes do universo.

Trata-se da invasão do Capitólio, sede do Senado e Câmara dos Deputados, por vândalos e bandidos, com vistas a pressionar os representantes do povo americano, a reverter o resultado das recentes eleições, que deram a vitória de modo insofismável, ao candidato do Partido Democrata, Joe Biden. Aquela satânica operação, orquestrada e patrocinada pela figura demoníaca de Trump, que governou de maneira danosa e nada exemplar os Estados Unidos, país que se ufana de praticar uma forma de governo, estribada no respeito às leis e à Constituição.

Os jornais brasileiros, sobretudo os que circulam no Rio de Janeiro e São Paulo, têm dedicado edições especiais ao triste caso americano, por meio de seus correspondentes nos Estados Unidos e de repórteres e articulistas que glorificam a imprensa nacional.

Na condição de assinante de O Globo e da Folha de São Paulo, leio diariamente via internet os jornais carioca e paulista, nos quais acompanho com vivo interesse o que os seus colunistas e articulistas escrevem com competência e inteligência, a respeito do que acontece no país americano.

Na edição do último domingo, por exemplo, o jornal carioca O Globo, publicou um texto da lavra do jornalista Elio Gaspari, que eu não posso deixar de reproduzir nesta coluna, sob pena de cometer um desatino político, até porque o artigo pode prenunciar o que pode acontecer no Brasil em 2022, se esse desmiolado presidente que nos governa for candidato à reeleição e, no caso de perdê-la, certamente não terá nenhuma cerimônia de querer fazer o mesmo em nosso país, ele, que tem a mania e o prazer de imitar o Trump em tudo e no que tem de pior.

O texto de Elio Gaspari

“Em julho de 2016, o bilionário Michael Bloomberg, disse durante a convenção do Partido Democrata: “Eu reconheço um vigarista quando o vejo”. Referia-se a Donald Trump. Passaram-se quatro anos, e a questão da vigarice do doutor foi para mesa da procuradora-geral do estado de Nova York.

Em Washington, a questão tornou-se outra: a eventual a aplicação do dispositivo constitucional que permite empossar o vice caso o titular esteja incapacitado. Quando essa emenda foi aprovada, pensava-se num cenário no qual o presidente está sob intensos cuidados médicos.

No espetáculo da série “Os últimos dias de Trump”, a invocação do dispositivo nada tem a ver com uma anestesia geral, por exemplo. Trata-se de incapacidade por maluquice.

Trump é visto com um narcisista psicótico por muita gente que não gosta dele. Em julho passado, sua sobrinha Mary(psicóloga) publicou um livro com o subtítulo “O homem mais perigoso do mundo”. Parecia futrica familiar.

Desde novembro, Trump sustenta que venceu a eleição “de lavada”. Na terça-feira, os candidatos republicanos perderam a eleição na Geórgia. No dia seguinte, seus guardiões fizeram o que fizeram. Os senadores e deputados americanos foram obrigados a deixar o prédio. Numa decisão histórica, voltaram ao plenário horas depois e confirmaram o resultado eleitoral.

A senadora republicana, que perdeu a cadeira tirou sua assinatura do pedido de recontagem dos votos da eleição presidencial na Geórgia. Duas integrantes do primeiro escalão de seu governo foram-se embora, e seu fiel ex-procurador-geral acusa-o de ter traído o cargo.

O mundo está diante de um espetáculo constrangedor: o presidente dos Estados Unidos pirou. Isso só acontecia em filmes ruins. Desde o dia em que tomou posse, garantindo que ela foi assistida por uma multidão jamais vista, estava no tabuleiro a carta de que se tratava de um homem mentiroso.

Quatro anos depois, com o seu negativismo eleitoral e a mobilização de seus seguidores para a invasão do Capitólio, Trump encarna o personagem do teatrólogo Plínio Marcos em “Dois perdidos numa noite suja”: Sou o Paco Maluco, o perigoso”.

A série “Os últimos dias de Trump” não terminou. Se ele queria jogar golfe na Escócia no dia da posse de Joe Biden, deve buscar outro pouso. A primeira-ministra Nicola Sturgeon disse que lá o doutor não entra, pois o país está em lockdown.

Faltam poucos dias para o fim da série e Trump ainda surpreenderá a plateia. A Associação Americana de Psiquiatra continua funcionando, com sede a poucos minutos da Casa Branca. Isso porque malucos existem”.

Nara Leão e Gullar

Está no ponto de lançamento, o livro biográfico de Nara Leão, da autoria do jornalista Tom Cardoso.

A obra relata o namoro da cantora com o poeta Ferreira Gullar, ao qual ela propôs que se separasse da esposa e dos filhos.

Gullar não topou a proposta, mas continuaram bons amigos.

Os vice-prefeitos

Este ano, um grande número de prefeitos de capitais, praticou um ato raro na vida municipalista do país.

Trata-se da nomeação de vice-prefeitos para cargos importantes na estrutura administrativa dos municípios.

Motivo: as nomeações fazem parte de uma estratégia política dos prefeitos das capitais, que, no caso de serem convocados para disputar eleições majoritárias em 2022, vão deixar em seus lugares, figuras de sua confiança.

Em São Luís, o prefeito Eduardo Braid seguiu à risca essa estratégia. Para a secretaria de Educação nomeou a vice Esmênia.

A reação de Flávio

O governador Flávio Dino foi o primeiro a protestar contra a aprovação da lei que tramita na Câmara de Deputados, propondo modificações nas escolhas dos comandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Se a lei for aprovada, os comandantes dessas corporações terão mandato de dois anos e serão escolhidos por meio de lista tríplice.

O pior de tudo: os militares indiciados em inquéritos policiais ou que são réus em processos judiciais ou administrativos, poderão ser promovidos.

Flávio acha que essa lei não pode ser aprovada, pois é matéria subordinada aos Poderes Executivo e Legislativo estaduais.

O abrigo velho

Todas as vezes que eu transito pelo Largo do Carmo e não vejo mais aquele monstrengo que o desfigurava do ponto de vista urbanístico, não posso deixar de bater palmas ao ex-prefeito Edvaldo Holanda e ao superintendente do IPHAN, Maurício Itapary.

Eles tiveram a indômita coragem, mesmo enfrentando vozes reacionárias, de botar abaixo um prédio que teve utilidade social no passado, mas, na atualidade, que comprometia a beleza do centro urbano.

Festas populares

As autoridades cariocas querem que os desfiles das escolas do Rio de Janeiro sejam transferidos de fevereiro para os dias 11 e 12 de julho.

Em São Luís não será fácil transferir o carnaval para tais datas.

Como o povo maranhense se esbalda nas festas juninas, não tem fôlego e dinheiro para brincar em dois eventos quase simultâneos.

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