Editorial

Saúde Mental

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

Nunca se falou tão abertamente e tanto sobre saúde mental no Brasil e no mundo. Nunca se fez tão mal à saúde mental, querendo ser quem não é, tentando mostrar ao outro que vive uma vida perfeita e tem um relacionamento dos sonhos, quando na verdade nada disso acontece. E talvez seja isso que adoece tanto quem vê e quem mente. E talvez seja hora de se cuidar e deixar de se preocupar com a vida do outro.

Antes tínhamos o Setembro Amarelo, quando se falava de depressão, ansiedade e suicídio - que chegava inclusive a ser duramente criticado, por quem dizia que muitas pessoas só se lembravam da “tal empatia” durante aquele mês -, nos últimos tempos ganhamos também o Janeiro Branco, também focado na saúde mental. A ideia é trazer o assunto à baila durante mais tempo, porque as doenças mentais não param de fazer vítimas. Elas crescem cada vez mais, se instalam nas pessoas e é preciso falar sobre esse assunto.

Levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde mostra que 5,8% dos brasileiros sofrem com a depressão. Esta é a maior taxa da América Latina e a segunda maior das Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados mostram também que, além de ser necessário, é sempre urgente divulgar, debater esse tema, que apesar das intensas campanhas, ainda é um tabu.

Sobretudo no ano que passou, as pessoas foram expostas ao limite psicológico, com uma pandemia que matou milhares de pessoas e deixou todos trancados em casa 24 horas por um longo período. Cada pessoa reage conforme sua personalidade ou organização mental. Enquanto uns mostraram sentimentos de coletividade e compaixão, muitos outros mostraram egoísmo e certa irracionalidade.

E o que se pode fazer para ajudar quem sofre de depressão, ansiedade, pânico, além de acreditar e trazer o tema à discussão? Não se deve julgar, tente acolher e ser empático. Não é fraqueza ou bobagem. Não desacredite e não minimize. Esteja disposto a ouvir e ajudar, buscando um profissional de saúde mental para auxiliar, inclusive, se ofereça para acompanhar a pessoa na primeira consulta, pois isso trará mais segurança para ela.

É importante movimentar-se mais, fazendo exercícios físicos, que aumentam os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e serotonina, que atua em alguns fatores, como normalização do humor, sono, apetite, desejo sexual, temperatura corporal, sensibilidade à dor, entre outros. A saúde mental deve ser cuidada e discutida diariamente. Não há motivo para esconder e mantê-la como um tabu.

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