Plano de imunização

MP cobra prazo ao governo para início da vacinação contra a Covid-19 em SL

Segunda reunião entre membros do órgão e a Prefeitura de São Luís aconteceu ontem; Município alega que está no aguardo do Ministério da Saúde

Thiago Bastos/ Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Secretário de Saúde de SL, Joel Nunes Júnior, entregou plano municipal de vacinação a promotora Glória Mafra
Secretário de Saúde de SL, Joel Nunes Júnior, entregou plano municipal de vacinação a promotora Glória Mafra (Joel Nunes Júnior)

O Ministério Público do Maranhão (MP), por meio da Promotoria de Saúde, cobrou pela segunda vez do Município de São Luís a apresentação de prazos para o início da vacinação contra a Covid-19. A capital - que não especificou prazo para a campanha até o fechamento desta edição - já possui plano específico para a aplicação das doses, no entanto, depende do envio das vacinas pelo Ministério da Saúde (MS). O plano foi entregue ontem pelo secret´´ario de Saúde da capital, Joel Nunes Júnior, a promotora Glória Mafra.

O primeiro encontro entre MP e Prefeitura aconteceu na semana passada. Além de saber acerca do cronograma de aplicação da vacina, o MP também apontou para a necessidade de estabelecer a quantidade mínima de doses para as primeiras fases de imunização da população. O Município, por sua vez, detalhou este e outros itens no Plano de Vacinação.

De acordo com a coordenação do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), serão necessárias 296.516 doses da vacina contra a Covid-19 para proteger os públicos específicos das primeiras fases da campanha. Dentre eles, trabalhadores da saúde, pessoas acima de 75 anos, pessoas em institutos de longa permanência, além de indivíduos com comorbidades.

O Município informou ainda a O Estado que serão necessárias, em seu estoque, 326.168 seringas e agulhas. O cálculo é feito com base em uma margem de 10% a mais, considerando perdas do material. Até o momento, o Município não confirmou se os itens constam na reserva de materiais da capital.

Agilidade

A promotora de Saúde, Glória Mafra, disse que é necessário agilizar a elaboração do calendário para a aplicação da vacina. “O Ministério Público vem acompanhando e fiscalizando, atentamente, essa questão com antecedência. Não podemos esperar para planejar a imunização apenas quando as vacinas chegarem ao Maranhão”, afirmou.

O secretário de Saúde de São Luís, Joel Nunes Júnior, afirmou que a construção da estrutura logística e de materiais para a imunização é prioridade na gestão atual. “Desde que assumimos a pasta, este tema é prioritário. Fizemos várias reuniões com nosso setor de imunização, apresentamos um plano de vacinação ao Ministério Público considerado satisfatório e estamos no aguardo das doses para começar a aplicar na população”, afirmou.

Na segunda-feira (11), o secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, durante apresentação do Plano de Vacinação Estadual - que ainda não prevê data para o início da campanha até a manhã de ontem, 12 - disse que se reuniria com gestores locais nesta semana. “Vamos conversar de forma remota ou presencial com estas pessoas para definir, em cada local, a aplicação das doses”, disse.

Segundo Lula, a ideia da SES é padronizar a vacinação em todo o Estado, ou seja, viabilizar a campanha no maior número possível de cidades em uma mesma data. No dia 18 do mês passado, o MP - por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde deu prazo de 10 dias para que o Estado encaminhasse o Plano de Vacinação.

Somou-se a isso o encaminhamento feito pelo deputado estadual do Bloco de Oposição da Assembleia, César Pires (PV). Ele formalizou pedido de informação acerca da sequência de ações para a imunização no Estado na semana passada.

Mais

Sem reunião

Membros da nova gestão da Prefeitura de São Luís ainda não se reuniram com a atual gestão pública estadual para definir as estratégias de vacinação.

Na segunda-feira, 11, a apresentação do Plano Estadual de Vacinação não contou com a presença de membros da saúde ludovicense.

Até o momento, de acordo com o que O Estado apurou, não há previsão de encontro entre as partes.

O Município, por sua vez, alega que necessita do recebimento das doses, como ocorre em outras campanhas de imunização, do Estado para começar a vacinação contra a Covid-19.

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