Editorial

Cuidado redobrado na pandemia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

A pandemia de Covid-19 ainda assusta no Brasil e suas consequências alcançam bem mais do que se pode imaginar. Por isso, todas as ações para minimizar seus efeitos são bem-vindas, ainda mais para quem já está na fila da saúde por outro motivo e precisa de mais atenção. E uma boa notícia chega, voltada aos pacientes renais em todo o Brasil que precisam de tratamento de diálise e hemodiálise no Sistema Único de Saúde (SUS).

Um reforço financeiro do governo federal vai incrementar o setor nesse período de pandemia. Um total de R$ 109,5 milhões foi liberado pelo Ministério da Saúde e o recurso está sendo direcionado aos 800 estabelecimentos que prestam serviços à rede pública para custear as despesas extras necessárias no combate ao Covid-19, considerando as particularidades do cuidado com os pacientes renais crônicos.

Ações como essa podem garantir mais qualidade de vida aos pacientes. A medida foi oficializada, por meio da Portaria nº 3.822, publicada no Diário Oficial da União, do dia 29 de dezembro do ano passado.

Como o protocolo reúne uma série de cuidados para evitar contaminação durante as sessões de diálise e hemodiálise, o objetivo é propiciar o tratamento adequado à população dialítica, já considerada de alto risco e formada, em grande parte, por pacientes diabéticos e com outras comorbidades que precisam manter o tratamento continuado. Dessa forma, o dinheiro vai cobrir os custos adicionais do tratamento dos doentes renais crônicos suspeitos ou infectados com Covid-19. Tudo visando a cumprir as medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas, tendo por base a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre as medidas que precisam ser adotadas estão a aquisição e disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPI), a criação de local próprio de isolamento para pacientes infectados pelo coronavírus nas unidades de diálise e a abolição do reuso nos casos de pacientes infectados confirmados com coronavírus.

Vale ressaltar ainda que a portaria atende ainda o pleito de diversas entidades do setor, como a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) e Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Isso porque o Ministério da Saúde garante, no documento, que o Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para a transferência do montante aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, em parcela única, mediante processo autorizativo, encaminhado pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde.

Depois de obter um aumento de 20% a 25% mensais durante a pandemia, as clínicas de diálise buscaram um diálogo com o poder público para continuar o tratamento da Terapia Renal Substitutiva (TRS) aos mais de 130 mil brasileiros com Doença Renal Crônica (DRC), que dependem do tratamento para sobreviver, reduzindo risco de novas contaminações.

E essa garantia financeira, segundo o MS, não é de agora. No SUS, a assistência integral a pacientes com Doença Renal Crônica durante a pandemia de coronavírus, observa algumas orientações pré-estabelecidas, como disponibilizar perto de poltronas de diálise e postos de enfermagem suprimentos/insumos para estimular a adesão à higiene respiratória e etiqueta da tosse. Além disso, devem ser oferecidos ao paciente lenços de papel e lixeira com tampa e abertura sem contato manual, álcool gel, pia com sabonete líquido e outras.

São medidas de higiene simples, mas que podem salvar muitas vidas.

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