Críticas

Com piores indicadores no MA, Dino aponta solução para caso Ford

Governador comentou decisão da empresa de suspender a fabricação de carros no território nacional; desde que assumiu o Poder Executivo, em 2015, extrema pobreza aumentou no Maranhão

Ronaldo Rocha/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Dino criticou fechamento da Ford
Dino criticou fechamento da Ford (Flávio Dino)

O governador Flávio Dino (PCdoB) decidiu se manifestar sobre a recente decisão da Ford de suspender a fabricação de veículos no país em decorrência da crise financeira e apontou soluções ao Governo Federal sobre o caso: investimento em política industrial no Brasil.

Para Dino, a nação passa por um processo de desindustrialização. Apesar de não citar diretamente o adversário, presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o comunista responsabilizou a atual gestão pela decisão da montadora de veículos.

"Desindustrialização: um dos principais problemas do Brasil. Precisamos de política industrial e de distribuição de renda para impulsionar nosso poderoso mercado interno, gerando demanda. O fechamento da Ford é mais uma “conquista” deste período de trevas em que vivemos”, destacou em seu perfil, em rede social.

Ele também compartilhou um twitte do presidente da Argentina, Alberto Fernández, de dezembro de 2020, que na ocasião havia anunciado investimentos da Ford no país vizinho.

“O mercado é imprescindível. E esse twitte lembra que os governantes também são. Ter ou não ter governo faz uma enorme diferenca”, completou.

Miserável

Apesar de apontar os rumos para que o Brasil “drible” a crise econômica e financeira que atinge o cidadão, pequeno, médio e grande empreendedor, bem como o setor industrial, Flávio Dino não conseguiu evitar o aumento da extrema pobreza no Maranhão no seu governo.

Relatório recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em novembro do ano passado, mostrou que Maranhão é alcançou o status de estado com a menor renda domiciliar do país.

De acordo com o levantamento, dois a cada 10 maranhenses vivem na miséria. O levantamento do IBGE também revelou que quase 60% da população vive com meio salário mínimo ou menos que isso.

Um ano antes, ou seja, em novembro de 2019, o IBGE já havia mostrado que em apenas 2 anos, 223 mil pessoas entraram na extrema pobreza no Maranhão. O relatório também mostrou que o percentual de maranhenses na extrema pobreza aumentou de 16,9% em 2016 [1,1 milhão de pessoas] para 19,9% em 2018 [1,3 milhão de pessoas], quando Dino ainda exercia o primeiro mandato à frente do Palácio dos Leões.

Quando foi eleito para o primeiro mandato, em 2014, Flávio Dino prometeu reduzir a pobreza no Maranhão. Até o momento, já no exercício do segundo mandato, o cenário é justamente o contrário.

Em 2019, Dino admitiu

aumento da pobreza

Em janeiro de 2019 logo após o IBGE ter apontado aumento da extrema pobreza no Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) em entrevista ao Globo News em Ponto, admitiu o quadro que atingiu milhares de famílias durante a sua gestão.

Na ocasião, ele apontou a forte recessão econômica como responsável pela queda nos indicadores, que colocou o estado como o único da federação em que mais da metade da população vivia em situação de pobreza.

“O estudo ao qual você se refere mostrou, infelizmente, o aumento da extrema pobreza em todo o país. No Brasil cresceu a extrema pobreza e em todos os estados, em razão da brutal recessão econômica. É claro que os estados que têm historicamente, uma maior dependência das transferências constitucionais federais, notadamente chamadas de FPE e FPM sofrem mais duramente com uma recessão econômica. Há privação de fontes fundamentais de recursos para implementação de políticas públicas. Nós estimamos que o Maranhão perdeu, nesse período de superrecessão, de hiperrecessão, mais de R$ 1 bilhão de receitas federais vinculadas em razão da diminuição da arrecadação federal de imposto de renda [...]”, disse.

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