Editorial

Brasileiros preocupados com o futuro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

De acordo com dados revelados no novo estudo Oldiversity oito em cada 10 entrevistados associam a preocupação em como se manter no futuro com a crise, pandemia e falta de emprego para os mais velhos. Isto, diante do fato de que o Brasil dispõe de uma legislação que garante amplos direitos aos idosos.

O Estatuto do Idoso, instituído pela Lei nº 10.741/2003, é a legislação que visa garantir, no ordenamento jurídico brasileiro, os direitos assegurados a pessoas com idade igual ou maior de 60 anos. O Estatuto do Idoso acaba de completar 17 anos. Com o objetivo de assegurar direitos, ela ganha cada vez mais relevância no ordenamento jurídico brasileiro. Afinal, a população idosa do país cresce cada vez mais. Entre 2012 e 2017, por exemplo, cresceu 18%. E ultrapassou, desse modo, a casa dos 30 milhões, conforme dados do IBGE, em contraste aos 15 milhões em 2003, quando foi promulgado o estatuto.

Em defesa dos direitos dos idosos, ele aborda questões familiares, de saúde, discriminação e violência contra o idoso. E resguarda-as, desse modo. Assim, o estatuto busca a persecução de princípios e direitos fundamentais à vida humana. Entre eles, visa, principalmente, garantia da dignidade humana, princípio consubstanciado na Constituição Federal em seu artigo 1º, inciso III. Além disso, assegura a existência digna sobre o que dispõe o artigo 170, da Constituição. Afinal, como dispõe o artigo 2º do Estatuto do Idoso:

Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

A legislação institui ainda o dever da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público de assegurar tais direitos ao idoso. Dessa maneira, torna-se uma prioridade social, conforme o artigo 3º da Lei nº 10.741/2003, a efetivação do direito à: vida; saúde; alimentação; educação; cultura; esporte; lazer; trabalho; cidadania; liberdade; dignidade; respeito; convivência familiar e comunitária.

Enquanto o Brasil dispõe de uma legislação que garante proteção integral a idosos outro dado relevante, segundo pesquisa do IBGE revela que no país a expectativa de vida no Brasil quase dobrou em menos de um século, passando de 43 para 76 anos e o público acima de 50 anos já soma hoje 55 milhões de habitantes. Ou seja, um em cada quatro brasileiros já se encontra na jornada da maturidade em um mundo cada vez mais digital, ágil e conectado. Segundo dados obtidos pelo novo estudo Oldiversity®, realizado pelo Grupo Croma, 85% dos entrevistados estão preocupados em como se manter no futuro.

Quanto à preocupação com o futuro, diversos fatores alimentam esta preocupação como crise econômica, pandemia mundial da Covid-19, aposentadorias cada vez mais distantes, entre outros. O público mais velho vem investindo mais em qualidade de vida, 77% dos entrevistados afirmam que reservam mais para a melhoria seja na alimentação, na atividade física ou mesmo em viagens e contatos com a natureza. Mas a maior preocupação dos mais velhos está relacionada ao mercado de trabalho e como as empresas os enxergam. Segundo o levantamento 78% dos entrevistados consideram que as empresas têm preconceito em contratar pessoas mais velhas.

Em relação aos serviços, 63% dos entrevistados com 61 anos ou mais desejam serviços especiais e atendimento preferencial para os mais velhos. Saúde (39%), alimentos (38%) e cosméticos (25%) são os segmentos mais associados à longevidade. "Já sabemos que viveremos mais anos, mas é importante que possamos refletir sobre qual será o papel das marcas nestes anos a mais de vida que ganhamos, assim como quais serão os serviços que impactarão positivamente na qualidade de vida e bem-estar dos longevos.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.